Um Adeus Sem Perdão romance Capítulo 330

Os três saíram do restaurante.

"Primo, você é mesmo popular, um monte de gente te cercando, como fãs bloqueando um ídolo."

"Ídolo?"

"Ah, é como se diz estrela."

Dionísio soltou uma risada: "São os interesses que comandam, que ídolo o quê?"

Viviane mexeu o nariz: "Você bebeu? Estava dirigindo?"

"Bebi, eu bebi um pouco. Não estava dirigindo."

"Ótimo, então entra no carro, vou levar você e a Joana para casa."

Viviane dirigiu até a entrada do beco, que era muito estreito para o carro entrar.

Joana e Dionísio desceram do carro e caminharam lado a lado beco adentro.

O céu estava claro, repleto de estrelas, e a brisa da noite era suave.

O beco silencioso era ocasionalmente interrompido pelo miado de um gato.

Dionísio pisou em um saco de lixo e, talvez por causa da bebida, tropeçou levemente.

"Você está bem?"

"Desculpe, bebi um pouco além da conta esta noite."

Tentando evitar que seu hálito alcoólico a incomodasse, Dionísio propositalmente aumentou a distância entre eles.

Esse "desculpe" soou especialmente sincero vindo dele.

Joana ficou um tanto atordoada.

Anteriormente, Ricardo também costumava beber, muitas vezes até se embriagar, mas nunca parecia considerar isso algo pelo qual deveria se desculpar.

Então, realmente, as pessoas eram diferentes.

Ela costumava pensar que todos os homens eram como Ricardo, Vicente, Miguel, imersos em festas e diversões, trabalhando enquanto desfrutavam da vida.

Ou então como Fernando, morno e estável, vivendo uma vida simples e segura.

Até que ela conheceu Dionísio —

Ele era admirado por todos, inacessível, mas sem arrogância, modesto e reservado.

Afinal, excelência e indulgência, sucesso e presunção, não eram necessariamente correlacionados.

Ele tinha todos os motivos para ser indulgente e desregrado, mas era mais rigoroso e controlado do que qualquer um.

Joana também sorriu.

"Você então sabe equilibrar, metade feliz, metade não, justo o suficiente."

"Sim," o homem assentiu, "espero que você também possa."

Joana ficou um pouco surpresa.

Poder o quê?

Ela queria perguntar, mas eles já haviam chegado à porta de casa.

Assim, sem perceber, conversaram por todo o caminho.

"Boa noite, professor."

"Até amanhã."

Naquela noite, enquanto Joana estava deitada na cama, a imagem do homem falando surgiu em sua mente.

Forte, determinado, tranquilo.

Seria que só alcançando tal patamar era possível ter um coração tão poderoso?