Um Adeus Sem Perdão romance Capítulo 333

Suas conexões eram bem mais amplas do que aquele homem.

Viviane olhou para ele com uma expressão de quem jura por tudo que era mais sagrado, com aquele ar de quem se achava o máximo, e seus olhos adquiriram um brilho estranho por alguns segundos.

"Você tem certeza de que quer discutir uma parceria comigo?"

"Claro. Qual é esse olhar? Está subestimando quem?"

Viviane o analisou de cima a baixo, da cabeça aos pés e dos pés à cabeça.

Não precisava nem apresentar a família Naia, uma das oito grandes famílias abastadas da Capital, vários níveis acima da família Rocha.

Olhando para Miguel, o fato de ele não revidar um tapa de uma mulher mostrava que ele tinha uma emoção estável e era consideravelmente um cavalheiro.

Embora fosse um conquistador e cercado de escândalos, ela não estava realmente querendo se casar com ele, afinal de contas...

Ela também sabia se divertir!

Perfeito! Que cada um cuidaria da sua vida!

Encontrar-se numa balada, quem sabia, eles até poderiam se divertir juntos.

O mais importante era que esse homem cortava relações facilmente, o que de certa forma mostrava que ele sabia quando se afastar.

Quando eles seguissem caminhos separados, não haveria preocupações com dramas ou dificuldades em se desvencilhar.

Quanto mais Viviane pensava, mais ela se convencia de que era uma boa ideia.

"Então, vamos entrar para negociarmos?"

Miguel resmungou: "Vamos negociar, quem tem medo?"

Viviane sorriu, satisfeita.

"O que está esperando? Vamos." Ela puxou levemente a gravata dele.

"Cof!" Miguel tropeçou para frente.

Essa mulher, por que era tão direta?

Nada gentil.

...

Depois que seu neto se foi, Juliana Dias ficou abatida por dois dias.

Mas foram só dois dias.

Não precisar cuidar daquela insuportável da Sónia, e até mesmo nunca mais ter que a ver, encheu o coração de Juliana de alegria.

Ela voltou aos seus dias tranquilos de encontros sociais e jogos de cartas.

Se a irritasse, ela poderia revelar tudo...

Seria pior perder a face, um prejuízo maior.

"Está um pouco abafado aqui, vou até o hall tomar um ar." Juliana levantou-se com elegância, cumprimentando a todos com um aceno de cabeça.

Depois dela sair—

"Por que ela está se fazendo de desentendida? Quem não sabe dos problemas da família dela?"

"Não podemos dizer isso. A tal que perdeu o bebê, provavelmente esses dias ela realmente não tem conseguido dormir."

"Bem feito! Quem mandou tratar tão mal uma garota?"

"Essas coisas, só podemos dizer que é um dando e o outro recebendo, nós só precisamos assistir e rir."

"É mesmo."

As discussões das senhoras não chegaram aos ouvidos de Juliana, que já havia saído. Se não ouvisse, poderia fingir que não sabia.

Ela chegou ao hall, prestes a pedir um copo d'água ao garçom, quando ouviu uma confusão vindo da recepção.

"Senhora, sem um agendamento, você não pode entrar!"

"Agendar o quê? Não é hospital para precisar de agendamento. Vou lá dentro procurar alguém, saia da frente, ou não serei gentil!"