Um Adeus Sem Perdão romance Capítulo 335

Lá fora o alvoroço era tanto que rapidamente atraiu a atenção das senhoras que estavam no salão privado.

Viu-se Juliana com os cabelos desgrenhados, sendo puxada por uma mulher que a insultava furiosamente.

Meu Deus!

Que confusão era essa?!

As senhoras se olhavam, trocando olhares rápidos e inquisitivos.

Natália, ao ver que havia público, se animou ainda mais: “Venham todos ver, é essa mulher aqui, o filho dela brincou com os sentimentos da minha filha, deixou minha menina grávida e ainda se recusa a assumir!”

“Minha filha era pura, uma moça inocente, e agora sua vida está arruinada! E ela ainda tem a audácia de se esconder de mim? Acham que porque não rugimos somos fracos? Pensam que não temos ninguém para nos defender?”

Ela dizia isso enquanto arregaçava as mangas.

“Rápido, peguem seus celulares e gravem, postem nas redes sociais para expor, para que todo mundo julgue, vamos ver o que a família Vieira realmente é, que tipo de pessoa é essa Juliana, e aquele seu filho inútil, um verdadeiro canalha que não assume responsabilidades!”

Ignácio, enquanto impediu que os funcionários do hotel interviessem, sacou seu celular e apontou para o rosto de Juliana.

Enquanto filmava, xingava: “Bem feito! Por deixarem a minha irmã grávida e não assumirem a responsabilidade!”

“Se não vamos ter paz, vocês também não terão!”

Juliana, percebendo o que estava acontecendo, tentava desesperadamente cobrir seu rosto com as mãos enquanto se desvencilhou dos puxões de Natália, numa situação extremamente embaraçosa.

“Parem de filmar! O que a minha filha faz da vida é problema dela, o que meu filho tem a ver com isso?”

“Eu já fui mais do que gentil com ela, foi ela quem escolheu esse caminho, agora está sofrendo as consequências, solte-me! Se continuarem com essa bagunça, vou ligar para a polícia!”

Natália, ao ouvir isso, em vez de se acalmar, colocou as mãos na cintura e riu friamente: “Ligue então, será ótimo ter a polícia aqui para ver quem está certo!”

“Sou apenas uma pessoa simples do campo, estou disposta a perder minha dignidade, mas não sei se vocês, da alta sociedade, estão prontos para fazer o mesmo.”

Juliana ficou petrificada.

Essa última frase foi um golpe direto na sua dignidade.

Aquela mulher, era óbvio que vinha de uma família rica.

...

Houve um problema em um projeto no Sul, e Ricardo teve que viajar por uma semana.

Durante esse tempo, ele só atendia ligações de trabalho, deixando seu celular pessoal no modo não perturbe.

Ninguém conseguia contatá-lo.

Só quando os assuntos da empresa se acumularam a ponto de precisarem de sua assinatura, ele finalmente voltou.

Assim que o avião pousou, Ricardo pegou o celular e desativou o modo não perturbe.

Não demorou nem dois minutos, e a chamada de Juliana já estava chegando.

“Alô, mãe...”