Um Adeus Sem Perdão romance Capítulo 347

Fernando acenou rapidamente com a cabeça: "Claro, claro, vamos conversar depois."

Dionísio assentiu levemente antes de se afastar.

Ao entrarem em casa, Joana ocupou-se em arrumar as malas.

Tânia e Fernando começaram a observar o lugar onde a filha morava.

Um apartamento de dois quartos e uma sala, nem grande nem pequeno.

Apesar de a estrutura e os acabamentos serem visivelmente antigos, a decoração tinha sido feita com cuidado.

Sofás, armários, eletrodomésticos, tudo muito novo.

Os defeitos que não podiam ser corrigidos foram disfarçados com objetos decorativos, escondendo e cobrindo o que era necessário, criando um ambiente bastante agradável.

À primeira vista, parecia um pequeno apartamento aconchegante e refinado.

Inicialmente, ao verem o corredor sujo e desordenado, ambos não tinham esperanças quanto ao ambiente de moradia da filha.

Mas, ao entrarem, viram que era um mundo completamente diferente.

Tânia estava muito satisfeita.

Não apenas porque Joana havia decorado o apartamento alugado de forma tão requintada, mas também porque isso demonstrava o quão dedicada a filha era com a vida.

Em sua concepção, a vida podia ser simples, mas a atitude em relação a ela não devia ser negligenciada.

Quando ela e Fernando se casaram, Fernando recebia apenas três mil e duzentos reais por mês, dos quais dois mil tinham que ser dados aos pais, então eles só tinham mil e duzentos reais para gastar.

Com a chegada de Joana, a situação financeira ficou ainda mais apertada.

Mesmo assim, Tânia ainda fazia questão de comprar um buquê de flores a cada quinzena.

Se tivessem um pouco mais de dinheiro, comprava flores mais caras; se estivessem sem dinheiro no fim do mês, colhia algumas flores silvestres durante uma caminhada no fim de semana, colocando-as em uma garrafa, o que também era muito agradável.

Joana sempre achou sua mãe uma pessoa bastante refinada.

Até mesmo o ocasional gesto de generosidade não parecia vir de uma criança criada em uma família comum.

Mas quando perguntada sobre o passado, Tânia sempre dizia que havia esquecido, por mais que tentasse, não conseguia se lembrar.