Um Adeus Sem Perdão romance Capítulo 358

"Mãe, o Haroldo descobriu a empresa daquele maldito!"

Haroldo era um tipo de vida duvidosa, sem um emprego decente, mas cheio de artimanhas pouco ortodoxas.

Ignácio, por sua vez, decidiu tentar a sorte sem muita esperança, mas, para sua surpresa, Haroldo realmente conseguiu descobrir.

"Isso é ótimo! Estava aqui preocupada sem saber onde procurar, e agora a solução apareceu. Vamos, filho, vamos até ele!"

Natália demonstrava uma excitação palpável, pronta para a ação.

Durante esse tempo todo, apenas ficando na entrada da família Vieira, além de importunar Juliana, fazendo com que ela tivesse receio de sair de casa, não tinha surtido mais nenhum efeito.

Mas agora as coisas mudaram...

Meia hora depois.

"Esta é a empresa do Ricardo? Com um prédio tão alto, quanto dinheiro ele deve ter?"

Ignácio olhava para o arranha-céu à sua frente, engolindo em seco, incapaz de esconder sua cobiça.

Natália também ficou impressionada: "Nossa, sua irmã realmente fisgou um rico desta vez, muito rico!"

Se conseguissem tirar algum proveito dessa situação, eles não teriam mais que se preocupar pelo resto de suas vidas.

Pensando nisso, mãe e filho trocaram olhares e avançaram para dentro do prédio.

No entanto, a empresa de Ricardo ficava em um local privilegiado do centro da cidade e contava com um avançado sistema de segurança, não era um lugar que se podia entrar facilmente.

Natália, ao ver um funcionário da limpeza por perto, conseguiu entrar sorrateiramente no depósito e pegou dois uniformes para se disfarçarem de funcionários da limpeza e infiltrarem-se.

Assim que entraram, os dois começaram a observar o interior do edifício, claramente deslocados e sem parecer em nada com o restante das pessoas que circulavam por ali.

Completamente alheios, olhavam para todos os lados, até que finalmente seguiram com o fluxo de pessoas para o elevador.

"Filho, seu amigo disse em que andar fica aquele tal de Ricardo?"

Natália estava confusa com tantos números de andares.

Ignácio balançou a cabeça: "Não disse, mas é óbvio, tem que ser no último andar."

Assim que terminou de falar, o elevador abriu com um "ding".

"Ah, desculpa..." Natália rapidamente inventou uma mentira, "Nós somos novatos e acidentalmente viemos parar no último andar. Já que estamos aqui, podemos limpar este lugar também..."

Dizia ela, tentando seguir em direção ao escritório do diretor.

"Parem! O escritório do Sr. Vieira não é um lugar para visitas desautorizadas, a limpeza é feita por pessoal específico, não é necessário a ajuda de vocês."

Após concluir, o assistente fixou o olhar em Ignácio, notando algo estranho naquele "funcionário da limpeza"...

Jovem demais! E além disso, um homem!

Ele franziu a testa: "Se vocês conseguiram subir pelo elevador, então devem ter recebido crachás de trabalho, me mostrem."

Natália congelou.

Ignácio, mais jovem, já começou a entrar em pânico, desviando o olhar nervosamente.

O assistente estava cada vez mais certo de que havia algo errado com eles: "Se não podem mostrar os crachás, não terei outra escolha senão chamar a polícia!"

Vendo que sua farsa havia sido descoberta, Natália não viu mais razão para esconder, e, com um sorriso frio, endireitou-se: "Quem disse que somos da limpeza? Estou aqui para ver o Ricardo, onde ele está? Que ele apareça!"