Um Adeus Sem Perdão romance Capítulo 380

A memória que despertou de repente atingiu Joana de surpresa.

Era ela mesma aquela pessoa insistente, que não largava o colarinho do outro?

Confrontando o olhar zombeteiro do homem, ela ficou tão embaraçada que até os dedos dos pés se contorciam.

Dionísio: "Lembrou-se agora?"

"Desculpe, eu..."

"Essa pergunta ainda precisa ser feita? Claro que não. Quem gostaria que batessem na sua cabeça? Não somos madeira para ser batido. E você mesma disse, bater demais deixa a pessoa tonta."

Ele dissolvia metade do constrangimento de Joana com uma única frase.

"Então por que vocêbateu na minha cabeça..." ela murmurou baixinho.

Com essa lembrança, tudo o que aconteceu antes se tornou mais claro.

Foi ele quem começou...

Dionísio, sério: "Ainda essa frase, pode-se beber, mas sem exageros."

"Sim, certo."

Joana não ousava contestar, concordando como uma codorna obediente.

"O que estão conversando?" Fernando voltou, lavando as mãos e terminou o caldo de pera em um gole.

Dionísio saboreava lentamente, com um sorriso nos lábios: "Estávamos falando sobre bebida..."

"A propósito, falando nisso, Dionísio, por que você não fica para almoçar? Podemos beber um pouco, estávamos discutindo sobre aquela nova tecnologia de energia nuclear... não terminamos aquela conversa, podemos continuar hoje!"

Dionísio não se comprometeu de imediato, mas olhou para Joana: "O que você acha?"

"Melhor... melhor não beber, né?"

Beber só trazia problemas!

"O professor tem que ir para o laboratório à tarde, certo, para o laboratório, não pode beber. Pai, você também não deveria beber, só comer está ótimo."

Fernando concordou: "Então Dionísio não pode beber. Nós dois podemos beber um pouco."

"Oh?" Dionísio arqueou uma sobrancelha, "Joana gosta de beber?"

"Gosta, ontem mesmo disse que ia beber comigo, mas a mãe dela interveio."

Joana sentiu um calafrio: "..." Seus olhos quase doíam de tanto piscar, mas ele não tinha visto nada!

"Mas ela é uma criança que sabe se controlar, não bebe frequentemente, só prova um ou dois goles de vez em quando." Fernando pareceu lembrar de algo e acrescentou, "A última vez foi uma exceção, haha."

Fernando: "…"

"Mãe também não gosta que você beba, certo?" Joana olhou para Tânia.

Fernando: "…"

Pequena traidora!

Depois do almoço, Dionísio, por costume, arregaçou as mangas para ajudar a recolher a louça.

Fernando, vendo isso, apressou-se em dissuadi-lo.

"Não precisa se preocupar, deixe, eu dou conta."

Dionísio: "Você não me tratou como um estranho quando me convidou para comer, então não posso me comportar como um agora."

"Isso..."

Enquanto Fernando ainda pensava no que dizer, Dionísio já tinha lavado os pratos e os levou para a cozinha.

Tânia olhou para ele com surpresa.

"Viu só, surpreendente, né? Um homem diligente como Dionísio não é fácil de encontrar, hehe, como eu, não é à toa que nos damos tão bem."