Um Adeus Sem Perdão romance Capítulo 394

Laura mal conseguiu conter seu descontentamento: "O ambiente deste bloco de apartamentos é realmente terrível, há lixo por todos os lados, está sujo e fede, que falta de capricho! Ninguém se encarrega da limpeza? E essas paredes, estão todas encardidas, as grades estão cobertas de poeira, aposto que nunca foram limpas..."

Joana lançou um olhar rápido para o relógio. Se demorasse mais, certamente se atrasaria. Vendo que Laura não tinha mais o que dizer, ela não se deu ao trabalho de ouvir mais reclamações e simplesmente se afastou.

Laura ficou observando a garota se afastar, depois não pôde evitar torcer a boca.

A sensação de ser ignorada se intensificou.

Ela levantou os olhos e viu que ainda havia muitos andares pela frente, todos com os mesmos degraus...

Laura respirou fundo, apertou os dentes e, resignada, continuou a subir de salto alto.

Enquanto subia, não parava de reclamar: "... Deixar um belo apartamento térreo para alugar este velho e pequeno espaço... Que absurdo..."

Finalmente chegando ao sétimo andar, Laura tirou a chave reserva e abriu a porta.

Dionísio não estava em casa.

Provavelmente tinha ido para o laboratório.

Ela deu uma volta pela sala, que estava muito arrumada, e os pertences pareciam ser de apenas uma pessoa.

Até checou o chão em busca de algum fio de cabelo longo, mas não encontrou nenhum.

Laura ficou intrigada: será que estava apenas imaginando coisas?

Ela se virou para a cozinha, decidida a levar de volta as marmitas que tinha trazido no outro dia.

De repente, ela congelou, seu corpo inteiro ficou tenso.

Na bancada da cozinha, havia apenas um conjunto de marmitas!

Apenas um!

O outro havia desaparecido.

Ele realmente tinha dado para alguém.

"Mas Dionísio, já não é tão jovem e ainda passa todos os dias no laboratório, como mãe eu tenho que me preocupar, não é?"

"Meu filho é tão bom, não preciso que a nora seja excepcional, mas pelo menos preciso saber quem ela é para ficar tranquila, certo?"

Thiago, sem jeito, passou a mão pela testa: "Sílvio tem opinião própria, Dionísio não tem? Se o filho realmente tiver alguém, não é algo que nós possamos controlar. Melhor deixar que a natureza siga seu curso e ele decida por si mesmo."

Laura revirou os olhos: "Você não entende."

Ele não entendia o coração de uma mãe, muito menos as preocupações de uma mãe com a futura nora...

Depois de um dia cheio de aulas, Joana jantou e passou algum tempo na biblioteca.

Quando saiu, já estava escuro.

Caminhando para casa, as ruas estavam bem iluminadas pelos postes, o que não a deixava com medo.

Chegando ao portão do prédio, ela encontrou Dionísio, que acabava de voltar de uma corrida noturna.