Um Adeus Sem Perdão romance Capítulo 407

Marcelo olhou para baixo, sem revelar suas verdadeiras emoções, mas seus punhos sob as mangas se apertavam cada vez mais.

Não se sabia quanto tempo passou, mas ele finalmente relaxou os punhos, como se tivesse desistido de toda resistência, escolhendo se submeter.

"Obrigado, professora, pelo seu esforço ao longo desses anos."

"É o mínimo que posso fazer, afinal, você é meu aluno mais promissor, não é? O favoritismo aos diretos é esperado, concorda?"

Marcelo não respondeu.

Ele era de poucas palavras, deixando uma impressão de silêncio e reserva entre colegas e professores.

"Bem, pode ir agora, cuide da dissertação com atenção. Não precisa necessariamente terminar este mês, organize o tempo como achar melhor, mas acredito que não vai me decepcionar."

Marcelo se virou e partiu.

Yasmin se acomodou novamente na cadeira, saboreando um gole de café.

Célia se aproximou com um sorriso: "Só a tia mesmo para conseguir domá-lo desse jeito!"

...

Uma vez que não podiam pedir o laboratório emprestado e Marcelo não iria cancelar sua solicitação, então teriam que encontrar outra solução.

Betânia, sempre tão gulosa, estava tão irritada que nem jantou.

"Isso é um absurdo! Completo absurdo!"

"A faculdade não vai fazer nada?"

Kléber respondeu: "A faculdade só favorece equipes que trazem mais resultados acadêmicos. Além disso, todos os procedimentos de Marcelo estão corretos, como eles poderiam intervir? Com que justificativa?"

Betânia suspirou, apoiando o queixo nas mãos rechonchudas: "Sem laboratório, como vamos prosseguir com nosso projeto?"

Kléber explicou: "Há muitos laboratórios desocupados, o problema não é o espaço, mas sim o medidor CPRT."

Com o medidor, qualquer laboratório serviria.

Betânia perguntou casualmente: "Esse medidor CPRT é caro?"

Joana ficou surpresa.

Kléber parou por um momento, e depois de vários segundos: "Essa sua pergunta... tem fundamento!"

Imediatamente, pegou o celular e, após uma rápida pesquisa, disse:

"Mas meu pai tem!"

"?"

Ela pegou o celular, encontrou um número e ligou:

"Alô! Pai!"

"Minha filha querida, finalmente resolveu ligar para o seu pai, estou tão emocionado… "

"Pai, preciso conversar sobre uma coisa."

"O que foi? Fala aí!"

"É que... estou precisando de dinheiro, pode me mandar um pouco?"

"Quanto você precisa?"

"Um milhão."

Ela ainda tinha quinhentos mil reais de "dinheiro de bolso" na conta, o que seria suficiente.