Um Adeus Sem Perdão romance Capítulo 422

Embora Betânia não conhecesse Dionísio, nem soubesse qual era a relação dele com Joana, nada poderia impedir o impulso que ela sentia de desabafar com fervor.

Após o almoço, os três retornaram ao laboratório.

Betânia colocou as mãos na cintura e suspirou: "É espaçoso, sim, mas tão difícil de limpar, ai..."

De repente —

"Com licença, este é o C116?"

Duas auxiliares de limpeza apareceram na porta, carregando utensílios de limpeza.

"…Ah? Sim, este é o C116. Precisam de alguma coisa?"

"Então está certo! Vamos começar."

A outra auxiliar rapidamente fez um aceno com a cabeça, e as duas começaram a trabalhar agilmente.

Betânia piscou: "…Senhoras, vocês têm certeza de que não se enganaram de lugar?"

"Não, é aqui mesmo, o C116. A secretaria nos avisou para vir aqui fazer a limpeza."

Secretaria?

Betânia e Joana olharam para Kléber ao mesmo tempo: foi você quem chamou?

Ele negou com a cabeça.

Ele tinha essa capacidade?

"Quem será então? Nós viemos limpar hoje e nem avisamos mais ninguém. Deixa pra lá, pelo menos tem alguém para nos ajudar na limpeza, isso realmente salva a minha vida..."

Dizendo isso, ela rapidamente puxou uma cadeira para sentar e abriu um pacote de batatas fritas.

Ela não só comeu, como também ofereceu a Joana e Kléber.

Joana pegou uma, mas estava claramente distraída e não se concentrava em comer. Ela tinha um palpite.

Seria que, porque se sentiu mal por não ajudar e quis compensar dessa maneira?

Na verdade, não era necessário...

Betânia deu um leve empurrão no ombro de Kléber: "Você não vai pegar?"

Kléber: "Não quero, vai me fazer engordar."

Felipe deu uma risada sarcástica, com um tom mordaz: "O que eu ousaria sugerir? Afinal, os recursos da faculdade, não importa a regra ou habilidade, vocês distribuem como quiserem, intimidando alguém como quiserem também."

"Como assim?" André protestou, sentindo-se injustiçado, "Nossa faculdade sempre forneceu recursos experimentais de forma justa e equitativa para os estudantes, seguindo rigorosamente as regras e regulamentos, sem favorecer ninguém."

"É mesmo? Por que ouvi dizer que há quem monopolize o laboratório, não o utilizando nem permitindo que outros grupos de pesquisa o usem? Originalmente, isso não teria nada a ver comigo, mas quando a Tecnologia Solar forneceu duas unidades de CPRT para a faculdade, o que foi dito?"

"Para criar um ambiente experimental justo e razoável para cada estudante, contribuir para o campo da pesquisa científica, e avançar corajosamente para o futuro da humanidade."

"Agora olha só, tudo se inverteu. Os equipamentos que doei não estão lá só para ficar bonitos, nem para serem objetos de disputa maliciosa por recursos acadêmicos, ou pesos nas balanças de jogos de poder. Isso, espero que você entenda. Porque…"

Felipe sorriu, enfatizando cada palavra: "Isso está diretamente relacionado se a Tecnologia Solar continuará fornecendo fundos e recursos para a faculdade."

André mudou de cor: "Por favor, por favor, vamos conversar com calma, tudo pode ser discutido!"

Ao mesmo tempo, seu cérebro também estava funcionando a todo vapor.

A visita de Felipe hoje era claramente um aviso para ele.

E o problema provavelmente estava nessas duas unidades do medidor CPRT...

"Sr. Pinto, fique tranquilo, acho que entendi o que o senhor quer dizer. Somos absolutamente contra qualquer conduta acadêmica desonesta e a tratamos com a maior seriedade."