Um Adeus Sem Perdão romance Capítulo 430

Sentindo-se injustiçada, mas também um pouco esperançosa, ela perguntou: "Você disse que o Ricardo me daria um reconhecimento? O que ele disse?"

Agora que o filho se foi e os cinco bilhões também, a possibilidade de conseguir dinheiro dessa forma havia evaporado.

Mas, se ela pudesse se casar com o Ricardo Vieira e se tornar uma dama da alta sociedade, não teria de se preocupar com dinheiro.

Durante o mês em que Sónia ficou no hospital, ela frequentemente se lembrava de quando estava bem e seu filho também estava seguro. Ela estava sempre no hospital, discutindo todos os dias com Ricardo e causando confusões com Juliana...

Aproveitando-se de sua boa saúde, ela se esforçou sem pensar nas consequências, incomodando os outros e, ao mesmo tempo, esgotando-se.

Ela ainda consumia bebidas geladas e frutas frias...

Quanto mais pensava, mais ela sentia vontade de dar um tapa em si mesma.

Se ao menos soubesse... Se ao menos...

Se soubesse que realmente perderia o filho, deveria ter ficado quieta e cuidado de sua gravidez.

Por que se irritar, se poderia fazê-lo depois de dar à luz?

Natália franziu a testa: "O que mais ele poderia dizer? Ricardo não é fácil de lidar, até mesmo vê-lo é difícil."

Ignácio também se sentia irritado ao ouvir isso.

Juliana já estava planejando dar o dinheiro. Não seria melhor pegar cinco milhões e ir embora? Mas sua mãe insistia em cinquenta milhões, sem aceitar um centavo a menos...

Ignácio olhou para Natália com um olhar que misturava reprovação.

Mas ele não revelou nada disso em suas palavras: "Mãe, o que fazemos agora?"

Natália, com um olhar feroz, disse: "Quem não tem nada a perder não teme quem tem. Se ele não concorda, vamos fazer um escândalo até o fim, para ver quem nos vencerá!"

No dia seguinte, mãe e filho foram novamente à empresa de Ricardo.

A entrada principal estava bem vigiada, e eles não conseguiram entrar.

Por sorte, Ignácio encontrou a passagem de incêndio do prédio, atrás de uma porta discreta.

Uma faixa de anúncio estava colada na porta, que se misturava ao papel de parede ao redor, dificultando a identificação da porta à primeira vista.

Passando por essa porta, podiam acessar qualquer andar do prédio.

Mas o que deixou eles desesperados foi—

Não havia elevador!

Eles tiveram que subir as escadas andar por andar!

"Mãe... Talvez devessemos pensar em outra maneira?" Ignácio engoliu em seco.

Mas Natália não sabia disso.

Ela continuou gritando desesperadamente.

Os assistentes e secretários olhavam para ela com expressões indescritíveis.

Até que—

Quando Natália se sentou na janela, pronta para pular, eles finalmente levaram a sério.

A morte era aceitável.

Mas não podia acontecer aqui.

Felizmente, Ricardo apareceu a tempo de seu escritório, olhando sem expressão para Natália, já sentada no parapeito, e para Ignácio, que fingia tentar dissuadi-la de pular.

"Terminou o escândalo?"

"Não era dinheiro que você queria?"

"Entre para conversarmos."

Dizendo isso, sem se importar com a reação deles, ele se virou e entrou.