Um Adeus Sem Perdão romance Capítulo 432

Natália e Ignácio acabavam de sair do edifício, ainda meio atordoados.

Apesar de não terem conseguido os cinquenta milhões, cinco milhões também não era pouco!

Afinal, nem em dez vidas ela conseguiria juntar tanto dinheiro.

Enquanto planejavam voltar ao hotel, um caminhão veio em direção a eles.

No começo, o caminhão estava a uma velocidade normal, e Natália e Ignácio não deram muita atenção.

Afinal, o veículo deveria ceder passagem.

Porém, à medida que a distância entre eles diminuía, o caminhão de repente acelerou, dirigindo-se ferozmente em sua direção.

“Mãe!”

Ignácio ficou paralisado de medo, gritando instintivamente.

Natália reagiu rápido, puxando o filho para o lado, “Que absurdo é esse?! Não viu que tinha gente aqui?! Você sabe dirigir, por acaso?! Está cego ou o quê, para vir em nossa direção desse jeito, querendo morrer mais cedo, é?!”

“Tem que pagar, isso sim!”

Natália, com as mãos na cintura, ficou no meio da rua, gritando.

“Eu te aviso, se isso não for resolvido, você não poderá sair daqui nenhum! Se não fosse por minha reação rápida, já teríamos sido atropelados. Agora queremos ir ao hospital, fazer todos os exames necessários, ver se há alguma lesão externa. E mesmo que não haja, isso não significa que você está livre de responsabilidade, porque você nos causou um grande susto.”

“De qualquer forma, uma indenização por danos morais é inevitável!”

Ignácio imediatamente se jogou no chão, começando a se debater, “Mãe! Estou morrendo de medo! Foi horrível! Sinto que minha cabeça não está funcionando direito, é dia ou é noite agora? Por que está tudo escuro na minha frente?”

A sintonia entre eles era evidente.

Claramente já tinham feito isso antes.

No entanto, o motorista, usando um boné, ao ver a cena, apenas sorriu friamente e então——

Acelerou ao máximo!

O grito de Natália parou abruptamente.

Os olhos de Ignácio tremeram.

……

Na frente de uma janela panorâmica, um homem de estatura elevada observava a cena da rua abaixo.

O tráfego incessante de veículos e pessoas.

Ricardo olhou para o relógio, já havia passado meia hora.

Já deveria ter um resultado, certo?

De fato——

Ricardo queria pagar um milhão por duas vidas, mas ele não era idiota, não iria se jogar na cadeia por uma quantia tão pequena.

Assim...

Um meio termo, atropelou mas não matou, mesmo com a comissão reduzida pela metade, ainda eram quinhentos mil.

E ainda evitava riscos para si mesmo.

O motorista, satisfeito, assobiou.

Quanto mais pensava, mais achava que tinha feito um bom negócio, e ainda poderia ganhar dos dois lados, seria ótimo se tivesse mais trabalhos desse tipo no futuro...

Ele sorriu, pegando o celular, discando um número——

“Alô, você acertou, Ricardo de fato pagou para tirar a vida daqueles dois... Agora a informação já é sua, como vamos acertar o pagamento?”

“Fique tranquilo, você não será esquecido.”

O motorista sorriu, mostrando seus dentes amarelados.

E em poucos segundos, recebeu uma notificação de depósito, ao verificar—— cinquenta mil.

Por uma informação tão significante, ele ganhou apenas cinquenta mil?

“Sr. Pinto é tão generoso.”