Um Adeus Sem Perdão romance Capítulo 439

Sónia: "Tem algo para comer?"

A mulher sorriu suavemente e a avaliou de cima a baixo: "Entre."

Sónia olhou para cima e viu o letreiro de neon - Círculo de Ouro da Canção.

Ela sabia o que enfrentaria ao entrar, mas a fome, o cansaço e o desejo por marcas de luxo a fizeram seguir a mulher como se estivesse enfeitiçada...

Ela precisava sobreviver.

Somente sobrevivendo poderia se vingar de Ricardo e Joana!

...

No entanto, a realidade ensinou Sónia novamente.

O dinheiro não era tão fácil de se ganhar quanto ela imaginava.

Graças à sua bela aparência, foi contratada na hora.

O Círculo de Ouro ofereceu-lhe comida e alojamento gratuitos, e naquela noite, Sónia finalmente teve uma boa noite de sono.

Na noite seguinte, ela vestiu uma minissaia reveladora e foi levada pelo chamado "supervisor" para uma sala privada.

A porta se fechou.

A excelente isolamento acústico impediu que qualquer som vazasse.

Quando a porta se abriu de novo, Sónia saiu, cambaleando.

Sua saia estava rasgada, e os sapatos de salto alto haviam desaparecido, restando apenas sua lingerie.

Havia marcas vermelhas de vários tamanhos em seu peito, coxas, lateral do tronco e pescoço, algumas até sangrando.

Ela chorou até os olhos incharem e gritou até perder a voz, abraçando firmemente cinco maços de dinheiro.

Duas horas, cinquenta mil reais.

Ela forçou um sorriso.

Pensou que estaria feliz.

No entanto, sentia como se um grande buraco tivesse sido aberto em seu coração, com o vento frio soprando impiedosamente para dentro.

Sónia aguentou três dias.

Marcas pelo corpo inteiro em troca de 200 mil reais em dinheiro vivo.

Ela não era gananciosa, pediu imediatamente demissão.

No entanto, ao ouvir isso, o gerente apenas riu com desdém -

"Demissão? Acha que o Círculo de Ouro é o quê? Uma feira livre? Vem e sai como quiser?"

"Ganhando dezenas de milhares todos os dias, não é bom? Por que quer ir embora?"

Sónia insistiu.

200 mil eram suficientes, o suficiente para ela recomeçar.

Vendo que ela não se deixava convencer, o gerente desistiu de fingir, "Tudo bem, pode ir, mas pague a multa por quebra de contrato."

"Multa por quebra de contrato?"

Do outro lado da linha, uma voz fria respondeu: "Mantenha-a sob controle e depois conversamos."

"Certo."

...

Sónia foi trancada na despensa por três dias.

Durante esses três dias, ela não comeu, só lhe foi permitido beber 50ml de água por dia, sobrevivendo por um fio.

Ela olhou para o quarto escuro, quase enlouquecendo de fome e sede.

Ela não conseguia parar de pensar em como, um mês atrás, ainda vivia em uma mansão luxuosa, sendo servida por empregados, comendo o que queria e comprando o que desejava.

Por quê?

Por que as coisas mudaram tanto?

Antes, ela bebia sopa de ninho de pássaro como se fosse água, agora, desejar beber mais um gole de água era um luxo.

"Socorro..."

Ela não sabia quantas vezes tinha chamado por ajuda.

A única resposta era a escuridão profunda e o medo interminável.

De repente, Sónia encontrou um pedaço de vidro quebrado no canto.

Ela o pegou, posicionou cuidadosamente contra o pulso da outra mão e então cortou com força!

A veia azul se rompeu, jorrando sangue vermelho quente.