Um Adeus Sem Perdão romance Capítulo 508

Vanessa olhava para o celular desligado, furiosa ao ponto de virar a bandeja que estava à sua frente.

A sopa de ninho de andorinha que acabara de ser feita também foi derramada, e a porcelana se espatifou no chão, emitindo um som agudo de quebra.

"Senhora..." os empregados disseram em uníssono, visivelmente assustados.

"Fora! Todos vocês, fora daqui!" Vanessa apontava para a porta, seu rosto normalmente bem cuidado agora mostrava uma expressão feroz.

Os empregados saíram em fila.

Vanessa recuou dois passos e caiu sentada no sofá, respirando com dificuldade.

Durante esses anos, ela havia se esforçado para reparar a relação com os pais.

O Velho Senhor até que estava bem, aos poucos, da indiferença e censura inicial, até agora um tratamento calmo, embora não tão íntimo como antes, mas ainda assim aceitável.

Mas a Velha Senhora...

Embora não dissesse nada, sempre culpou Vanessa em seu coração, nunca lhe mostrando um rosto amigável.

"O senhor chegou..."

A voz do mordomo vinha de fora, seguida por passos que se aproximavam.

Assim que Alexandre Pinto entrou em casa, viu a bagunça e passou um olhar indiferente por Vanessa, que ainda estava zangada no sofá.

Sem dizer nada, subiu as escadas diretamente.

Vanessa, incapaz de conter-se ao ser ignorada, levantou-se e perguntou, "Você não vai me perguntar por que estou zangada?"

Alexandre virou-se, desabotoando as mangas sem interesse, e respondeu: " Como quiser."

Afinal, o que quebrou podia ser comprado novamente, e o que estava sujo podia ser limpo.

Era sempre assim!

Ele sempre agia desta forma...

"Alexandre, sou sua esposa! Você não pode prestar atenção no meu humor?!"

O homem levantou uma sobrancelha: "Você tomou o remédio errado hoje?"

"..."

"Todos esses anos foram assim, por que essa loucura de repente?"

Vanessa: "..."

Era sempre culpa dela!

Vanessa explodiu completamente—

"Você quer dizer que meus pais me odeiam, que eu mereço isso, que é minha culpa!"

"Vocês dois, meu marido e meu filho, nenhum dos dois está do meu lado, pensando em mim."

"Eles são meus pais, mas você deliberadamente me deixou de fora, indo jantar com eles sozinho, você acha isso certo, Alexandre?!"

O homem a olhava calmamente enquanto ela se descontrolava, sem nenhum indício de emoção em seus olhos, "Eles são seus pais, sim, mas também são meus sogros. Qual o problema de eu jantar com eles?"

"Sogros? Sim, afinal, não importa qual filha você tenha casado, eles ainda seriam seus sogros, não é?"

Alexandre franzia a testa: "Não entendo o que você está dizendo."

"É não entender ou fazer que não entende? Não é assim? Você é tão bom para os meus pais, sempre os visita no exterior, mesmo ocupado, mas nunca me leva."

Ela enfatizou cada palavra: "Alexandre, para quem você está realmente sendo filial?!"

O homem, até então sem expressão, respondeu: "Por que você acha que não foi convidada? Você mesma não sabia?"