Um Adeus Sem Perdão romance Capítulo 537

"Eu me lembro que você gosta de comer bife, mas achava um incômodo cortá-lo, então preferia não comer. Desde então, sempre que comíamos isso, eu cortava para você."

Joana olhava para o bife cortado em pedaços pequenos diante de si, com uma expressão indiferente no rosto. Ela não estava ali para comer hoje, e o fato de ela estar sentada ali já era o limite de sua paciência.

Desta vez, sem dar ao homem a chance de interromper, ela foi direto ao ponto.

"… Os procedimentos já estão quase completos, só falta o termo de consentimento informado. Eu trouxe hoje, você poderia assinar?"

O sorriso nos cantos da boca de Ricardo desapareceu gradualmente.

A expressão dele mudou de alegria para calma, e finalmente para desolação.

"É tão difícil ter uma boa refeição comigo?"

Joana franziu a testa.

"Por que trazer isso à tona agora?"

Ela estava perplexa: "Você que disse para conversarmos enquanto comíamos, agora que estamos comendo, você não quer conversar. As palavras que saem da sua boca são tão sem valor assim?"

O homem ficou sem palavras por um momento, largando o garfo e a faca: "Você quer conversar, não é? Então vamos conversar direito."

Joana instintivamente se endireitou.

Ricardo passou os olhos pelos documentos e pela caneta que ela havia tirado, rindo de si mesmo: "Se não fosse para me fazer assinar, você nem teria me procurado hoje, certo?"

Ela falou a verdade: "Sim."

"Ah… Então, para você, meu valor se resume a assinar um documento, e depois cada um seguir seu caminho?"

Joana respondeu calmamente: "Nós já estamos seguindo caminhos diferentes há muito tempo, não é de agora."

"E se eu não assinar hoje?" Ele falou lentamente, com um olhar sombrio.

Só que ao solicitar a autorização para construir um laboratório, encontrou um obstáculo regulatório, necessitando de sua cooperação, apenas isso.

Joana: "Atualmente, você não possui mais o direito sobre esse terreno, então seu arrependimento só pode ser um sentimento, incapaz de se tornar uma ação."

Ricardo franzia a testa com força: "Parece que hoje não chegaremos a um acordo?"

Joana: "A iniciativa está em suas mãos, se você quiser, pode ser feito."

"E se eu não quiser?"

Joana: "Sempre acreditei que não existem negociações impossíveis de serem concluídas. Se existem, é porque as condições não são suficientemente atraentes."

O olhar do homem escureceu.

Joana o encarou, "Então, quais são suas condições? Fique à vontade para dizer."