Um Adeus Sem Perdão romance Capítulo 645

Yasmin acabara de ser punida e, imediatamente depois, viu dois laboratórios em seu nome serem interditados para reforma.

Dizer que o céu havia desabado sobre sua cabeça não seria exagero.

"Tia…Profa. Lima, o que faremos agora?" Célia, em pânico, puxava Yasmin pelo braço.

Venâncio também estava desesperado, coçando a cabeça como um macaco.

O fim do semestre estava à porta, e um problema no laboratório nesta altura significava a suspensão do projeto.

Sem resultados intermediários para apresentar, o que ele entregaria no final do semestre?

Isso afetava diretamente seu GPA e, olhando mais à frente, poderia até impactar sua graduação.

Beatriz Vieira também estava visivelmente perturbada.

Sem pensar muito, todos sabiam que havia sido obra do grupo de Joana.

Mas, no passado, eles não haviam feito o mesmo com eles?

Era simplesmente um caso de "olho por olho, dente por dente"...

Uma vez que a denúncia fosse usada indevidamente, se você podia, outros também podiam.

Entre eles, a mais calma era Fernanda.

Ela não era apaixonada por pesquisa científica, nem tinha muito talento ou ambição acadêmica. Decidiu fazer pós-graduação apenas para enriquecer seu currículo, facilitando a busca por um bom emprego e um bom casamento no futuro.

Portanto, a utilização do laboratório ou o impacto no projeto pouco lhe importava.

E mais, agora ela tinha Ricardo...

Desde que conquistasse esse homem, não teria que se preocupar com o resto de sua vida.

Venâncio: "...As reformas nem especificam quanto tempo vão durar. Até quando isso vai se arrastar? Não precisamos ir muito longe, basta olhar para o laboratório de Joana, quase dois meses e ainda não passou pela correção. Não podemos simplesmente construir nosso próprio laboratório, certo?"

Construir seu próprio laboratório...

Ao ouvir isso, Yasmin olhou para Beatriz.

Beatriz sentiu um calafrio, como se tivesse sido atingida por um raio.

Ela deu uma risada forçada: "Acha que laboratórios surgem do nada? O dinheiro é o de menos, o problema real são os terrenos e as aprovações necessárias. Quem aqui tem acesso a um terreno? Quem tem contatos nos órgãos de aprovação para nos dar luz verde? Venâncio, você tem? E você, Célia?"

Venâncio parecia frustrado: "Eu só estava falando, por que você está me atacando?"

Célia encolheu-se, preferindo não se manifestar.

Não era "não sei", mas "difícil de dizer".

Octavio foi imediatamente falar com Márcio.

"Márcio! O laboratório da Yasmin foi denunciado!"

Márcio pôs de lado o jornal, olhando para ele: "Sim."

"Você sabia?"

"Meia hora atrás, recebi uma ligação do corpo de bombeiros do distrito."

"Meia hora atrás... então foi antes da ação? O corpo de bombeiros te informou?"

Márcio assentiu: "Certo."

"Então por que você não impediu?"

"Impedir?" Márcio soltou uma risada leve, "Por que deveria impedir? Se impedíssemos desta vez, conseguiríamos na próxima? O telefone para denúncias está lá, todos têm o direito de supervisionar e denunciar."

"... Você claramente sabe que isso é um ato de vingança, não deveríamos encorajar isso, por que então?"

Márcio suspirou: "O que você chama de vingança? A definição básica é retaliar conscientemente contra alguém que já nos causou dano. Yasmin começou com o erro, e embora a ação de Joana não seja nobre, não é totalmente injustificada."