Um Adeus Sem Perdão romance Capítulo 653

"Não está certo, se minha memória não falha, a família Pinto e a família Blanco têm antepassados em comum, então, se formos considerar a linhagem, Kléber deveria te chamar de... primo, correto?"

Isso também explicava por que Felipe, mesmo sendo um comerciante, conseguiu se tornar um convidado de honra da família Blanco.

As duas famílias eram parentes!

Dionísio sorriu levemente: "Como colega de Kléber, é natural que ele siga o exemplo, chamá-lo de primo não é exagero."

Assim que disse isso, a expressão de Felipe escureceu instantaneamente.

De fato, as famílias Pinto e Blanco eram parentes distantes, mas já não se sabia qual era o grau exato de parentesco, dizer que não se poderia estabelecer uma ligação direta não era um exagero. No entanto, Dionísio insistiu em estabelecer essa relação de parentesco, até mesmo refletindo-a na forma de tratamento.

Joana girou os olhos e imediatamente chamou de forma obediente: "Primo, tudo bem!"

Ao terminar, ela quase não conseguiu conter o riso.

Felipe: "......"

Furioso!

Quem queria ser o primo dela?!

Caramba!

Até "Sr. Pinto" soava muito melhor do que esse tal de "primo"!

Esse Dionísio!

Ele anotou essa dívida!

...

Depois do jantar, um bolo quadrado foi trazido à mesa.

Teotônio deu um tapinha no ombro do filho e sorriu orgulhosamente: "Kléber, feliz aniversário. Espero que você seja como este bolo, sempre definido e firme, sem se tornar complacente com a idade, nem se deteriorar com o tempo."

"Obrigado, pai."

Clarinda ficou ao lado de Teotônio, esperando ele terminar de falar, antes de dizer: "Meu querido filho, faça um pedido!"

Os aniversários de Kléber nunca tinham sido grandemente celebrados antes, esta era a primeira vez.

Não só estavam presentes os avós e os pais, mas também um grupo de amigos de infância e dois amigos com interesses em comum. Ele sentiu um calor no coração.

Joana aceitou o bolo sorrindo, sentindo uma onda de calor no coração: "Então, vamos enfrentar os desafios e vencer as tempestades."

Betânia sorriu, seus olhos quase fechando: "Isso mesmo! Três Mosqueteiros Ilimitado, onde aponta a espada, segue o coração!"

Os três se olharam, cheios de espírito combativo.

Anos depois, Kléber, sentado no escritório da Academia de Ciências, ao lembrar dessa cena, ainda não conseguia evitar sorrir, com um olhar nostálgico.

Naquela época, estavam cheios de esperanças, orgulho e determinação para alcançar o topo, avançando corajosamente.

Independente de ganhar ou perder, independentemente de o tempo passar, lutar e escalar eram os temas desses anos de juventude, as memórias mais valiosas.

Voltando ao presente, ao ver essa cena, o casal Teotônio se olhou.

Clarinda hesitou antes de falar: "Nosso filho... ele amadureceu? É a primeira vez que o vejo oferecendo um bolo a uma garota por iniciativa própria."

Teotônio sussurrou: "E daí? Quando eu tinha vinte anos, também fiz um bolo para você com minhas próprias mãos e te alimentei..."

"Tsc! Olha o lugar, tem coisas que não se diz..." Clarinda o beliscou na cintura, suas bochechas corando.

Os dois eram amigos de infância, as famílias deles eram socialmente compatíveis, então eles se escolheram muito cedo.