Um Adeus Sem Perdão romance Capítulo 702

As mãos dele, inquietas, deslizavam por baixo da barra da sua camisola, desabotoando os botões duplos nas costas com uma facilidade de quem já conhecia o caminho.

"Viviane... Viviane..."

Enquanto a beijava, chamava seu nome com uma paixão ardente.

A voz era suave, mas os gestos eram brutais, como se quisesse devorá-la inteira.

Viviane precisou usar um pouco de força para afastá-lo, com as bochechas coradas e a respiração ofegante: "Em plena luz do dia, que tipo de comportamento é esse? Some."

O homem ainda parecia desejoso: "Deixe-me te beijar mais um pouco..."

Dizendo isso, ele se aproximou novamente sem vergonha, "Você passou esses dias todos no hospital cuidando da Joana, eu estava morrendo de saudades!"

"Saudades de mim?" Viviane olhou para ele com uma expressão que dizia claramente que ela conhecia suas verdadeiras intenções, "Acho que você esqueceu de algumas palavras, não?"

"Hehe, é isso aí, eu quero mesmo é dormir com você, qual o problema?"

Com um movimento rápido, ele a envolveu em seus braços, como um coala insistente.

Viviane já estava acostumada com esse comportamento descarado dele e respondeu calmamente: "Você, sendo o Sr. Miguel, acostumado a ser o centro das atenções, como pode agir como um ursinho de pelúcia, sempre pronto para isso?"

Miguel ficou sério: "Quem você está chamando de ursinho?"

"Você, ué."

"..."

"Da próxima vez, evite fazer essa pergunta. Ser humilhado uma vez já é o suficiente, por que insistir?"

"..."

"Viviane! Você realmente não sabe ficar quieta, né?! Tudo bem, tenho um jeito de resolver isso!"

"Ei, você!"

Miguel sorriu e a beijou, silenciando-a.

Esse beijo foi particularmente longo.

Durante o beijo, Viviane quase não conseguiu respirar, ficando com as bochechas vermelhas de tanto esforço.

Miguel, esse desgraçado, não a soltou de jeito nenhum, até que Viviane, finalmente, conseguiu mordê-lo no canto da boca para se libertar.

"Você é louca?" Miguel gemeu de dor.

Viviane, surpreendentemente, não respondeu.

Ela respirava fundo, buscando ar fresco, com as bochechas vermelhas como maçãs maduras e os olhos úmidos, os lábios levemente inchados.