Um Adeus Sem Perdão romance Capítulo 715

"Uma lesão nos ossos leva pelo menos cem dias para se curar, e embora você não tenha fraturado nada, torceu o músculo, afinal. Agora, o inchaço externo diminuiu, mas o tecido muscular interno ainda pode estar afetado, o que requer um longo processo de recuperação. Só o tempo dirá."

Dionísio ponderou por um momento: "Será que poderíamos tentar a medicina tradicional para ajudar na recuperação?"

"Se tem essa possibilidade, claro que sim. Mas todos esses métodos são complementares, o repouso ainda é o principal."

Ao sair do hospital, Dionísio de repente disse: "Venha comigo a um lugar."

Joana ficou confusa: "?"

Vinte minutos depois, o carro parou à beira da estrada.

Dionísio a guiou para atravessar a rua, entrando em um beco.

Depois de várias viradas, pararam em frente a um estabelecimento de Medicina Tradicional com um ar antigo.

"Santuário da Vida?" Joana olhou para a placa feita de algum tipo de madeira escura e brilhante, pendurada acima da porta.

Dionísio entrou como se conhecesse bem o lugar, "Velho Sr. Maciel?"

Ele chamou, mas sem resposta.

Então, chamou novamente: "O Velho Sr. Maciel está aqui?"

"Estou chegando!"

A cortina da porta se abriu, e um idoso de cabelos brancos surgiu, com uma longa barba, vestindo uma túnica de algodão e um avental amarrado à cintura, parecendo um eremita ou um sábio de algum drama televisivo.

"Garoto travesso! Quanto tempo faz que você não vem me ver? Mal entrou e já fazendo barulho, pude ouvir você enquanto preparava remédios no quintal! Hm? Você não veio sozinho hoje? Trouxe uma moça com você?!"

Os olhos do Velho Senhor brilharam.

Dionísio rapidamente fez as apresentações.

Foi então que Joana soube que o Velho Senhor se chamava Maciel, tinha noventa anos e havia se aposentado com honras do hospital de Medicina Tradicional da cidade. Incapaz de ficar parado, abriu sua própria clínica neste beco, e conseguir uma consulta com ele era extremamente difícil.

Ele só atendia três dias por semana, apenas no período da manhã.

Era agora duas da tarde, e ele já havia encerrado as consultas, razão pela qual o lugar estava tão tranquilo.

Se tivessem vindo pela manhã, a rua estaria cheia de gente.

"O que está incomodando a mocinha?"

Joana, surpresa, perguntou: "Como você sabia que era eu? Não poderia ser o Prof. Matos?"

O Velho Sr. Maciel lançou-lhe um olhar: "Humph! Ele jamais viria até mim, vou te contar um segredo — ele tem medo de agulhas!"

"Um pouco."

Ele pediu que Joana estendesse a mão, começando a tomar o pulso.

Após um momento de reflexão, com a mão na barba e uma expressão preocupada, ele falou: "...Pelo pulso, não parece haver nada de grave, apenas uma lesão superficial. A dor ao redor do tornozelo é normal, mas uma sessão de acupuntura pode ajudar a aliviar."

Joana nunca havia sido submetida a acupuntura, só tinha visto na televisão. Ela mordeu o lábio e, hesitante, perguntou: "Isso vai doer?"

"Fique tranquila, não dói nada."

Joana estava cética.

Dionísio imediatamente tentou tranquilizá-la: "Não se preocupe, realmente não dói."

"Professor, você já fez acupuntura?"

"Não."

Joana: "Então como você sabe que não dói?"

Dionísio: "…"

O Velho Senhor observava a interação entre os dois, e não pôde conter uma risada.