Um Adeus Sem Perdão romance Capítulo 758

Mesmo que ela só tivesse conseguido uma média de 70 nas provas finais, passando por pouco em algumas disciplinas, ela não se abalava.

Afinal, se suas aspirações não estavam ali, para que se desgastar tanto?

Mulheres, afinal, dedicam-se tanto aos estudos, almejam diplomas de universidades renomadas, não é tudo por encontrar um bom marido e viver confortavelmente pelo resto da vida?

Naquele momento, ela estava sentada entre Célia e Beatriz, com uma expressão serena, sem pressa ou ansiedade, tranquila como um espectador de fora.

Célia sabia que Fernanda estava namorando um homem rico e não se importava com a faculdade, sonhando apenas em casar-se com alguém de alta classe.

Ela desprezava esse tipo de mulher que só quer viver à sombra de um homem rico.

Mas Marcelo parecia tão tranquilo quanto Fernanda, o que a deixava perplexa.

Dado que o laboratório havia sido notificado para correções, com exceção de Yasmin, ele deveria ser a pessoa mais preocupada.

Vários projetos importantes estavam em espera, incluindo um de nível estadual; se continuassem assim, não seria possível apresentar resultados no próximo ano.

E Marcelo, tranquilo?

Célia já havia tentado falar sobre isso com ele mais de uma vez, mas ele simplesmente não dava atenção.

Durante este período de reclusão obrigatória na universidade, ele até começou a trabalhar em um instituto de pesquisa fora do campus, saindo cedo e voltando tarde, praticamente impossível de se encontrar.

Quando Célia mencionou a Yasmin que Marcelo estava ganhando dinheiro fora, ela respondeu apenas com:

"Pobre coitado."

E não disse mais nada.

Célia: "?"

"Mano," Hélder puxou Marcelo, "quanto tempo mais o laboratório vai precisar para a reforma?"

"Não sei."

"Você parece não estar nem um pouco preocupado?"

Marcelo: "Preocupar resolve alguma coisa?"

Hélder pausou por dois segundos, balançando a cabeça: "...não."

"Então por que se preocupar?"

Hélder ficou em silêncio por um instante: "...tenho uma pergunta que queria fazer há muito tempo."

"Fale."

"Quando o laboratório da Joana teve que se reformar, eles usaram o laboratório da Faculdade de Comércio ao lado, nós poderíamos fazer o mesmo?"

Marcelo ficou em silêncio por um longo tempo, antes de finalmente dizer baixinho: "O destino de pessoas comuns não está em suas próprias mãos."

"Então está nas mãos de quem?"

"Apenas se deixe levar."

Hélder ficou ainda mais desanimado.

Após a última apresentação do grupo de projetos, o reitor levantou-se, anunciando uma novidade —

O Concurso Nacional de Ciências da Vida para Estudantes Universitários estava prestes a começar!

"Que competição?"

"É organizada pela escola?"

"Você nunca ouviu falar?"

"Pense no nome — Concurso Nacional... É de âmbito nacional!"

"Se conseguirmos o prêmio máximo, não só a bolsa de estudos do próximo ano estará garantida, mas os pontos extras no final do semestre te farão voar."

"Sério?"