Um Adeus Sem Perdão romance Capítulo 783

"É mesmo? Por que sinto como se fosse uma bebida? Tem um sabor azedo e doce, com um aroma de pêssego." A mulher já tinha as bochechas avermelhadas, seus olhos brilhantes examinavam o homem enquanto inclinava a cabeça, "Você não gosta?"

Ricardo não expressou opinião.

Fernanda também não se importou, e insistiu em se servir de mais um copo.

Talvez pela mudança de ambiente, e a adição de música ao fundo, a expressão do homem se suavizou um pouco, e seu humor pareceu melhorar consideravelmente.

Assim, quando Fernanda falou, Ricardo não a deixou sem resposta.

Parecia que finalmente não era mais um monólogo.

Nesse momento, o som dos tambores começou a preencher o ambiente, as luzes se tornaram cintilantes e confusas, e homens e mulheres na pista de dança começaram a se mover ao ritmo da música, balançando seus corpos livremente.

Os olhos de Fernanda brilharam, contagiada por tal atmosfera, ela tomou a iniciativa de pegar a mão de Ricardo: "Vamos dançar também, por favor?!"

Ela parecia um pouco bêbada, sua expressão ligeiramente confusa, mas seus olhos brilhavam intensamente, olhando para ele com um olhar implorante, Ricardo se sentiu tocado e deixou-se levar para a pista de dança.

Fernanda não sabia dançar, apenas seguia a música de forma instintiva, sua falta de técnica e jeito desajeitado pareciam engraçados para Ricardo.

"Você está rindo de quê?" Fernanda se mostrou frustrada.

O sorriso no rosto do homem se tornou ainda mais amplo.

Ela ficou irritada: "Não é justo, não pode ser só eu que pareço engraçada, você também tem que dançar comigo!"

Estimulada pelo álcool, Fernanda agarrou a mão de Ricardo com coragem, balançando-a ao acaso.

Vendo que ele não parecia desgostoso, ela se tornou mais ousada, levantando sua mão e girando.

Ricardo, embora desinteressado, permaneceu preguiçosamente, mas não interrompeu seus movimentos.

No início, Fernanda estava um pouco insegura, mas depois pareceu mergulhar completamente no mundo da música, até que seus olhares se cruzaram—

As luzes eram ofuscantes, e a música envolvente.

Ricardo não demonstrou se acreditava ou não, apenas riu levemente e saiu da pista de dança.

Ele chamou um garçom, pagou a conta e então saiu do bar com passos largos.

Fernanda, observando sua silhueta se afastar, sentia-se tanto frustrada quanto irada. Ela apertou os punhos, mordeu os lábios, e seguiu para fora.

Ela não acreditava que realmente existisse alguém inatingível.

Se existisse, seria questão de não ter encontrado o método certo ou de não ter paciência suficiente.

Por sorte, ela possuía ambos.

Ricardo poderia evitar uma vez, mas e duas, três... inúmeras vezes?

Ah, os homens não são todos assim?