Um Adeus Sem Perdão romance Capítulo 84

Joana pegou a sacola de papel, e os dois foram juntos para a Universidade B.

Enquanto caminhavam e conversavam, Joana percebeu que Felipe era realmente bem erudito, conseguindo acompanhar qualquer tema que ela trazia à conversa.

Com um tom de voz tranquilo e uma postura gentil e elegante, a convivência com ele se mostrava bastante agradável.

Após andarem por um bom tempo, ao passarem por um muro de pedra, Joana virou a cabeça sem querer e avistou uma figura familiar.

Dionísio tinha acabado de sair de uma aula e estava a caminho do laboratório quando, de repente, encontrou-se com o olhar sorridente de Joana.

Ele ficou surpreso por um instante, e então viu Felipe ao lado dela.

"Que coincidência, acabou de sair da aula?"

Joana tomou a iniciativa de falar.

Dionísio assentiu com a cabeça: "Estou indo para o laboratório, e vocês?"

"Eu trouxe meu amigo para conhecer a universidade, deixe-me apresentá-lo, este é Felipe Pinto." Depois de falar, ela se virou para Felipe, "Este é Dionísio Matos."

Os olhares se cruzaram, e Felipe, de forma quase imperceptível, esboçou um sorriso, estendendo a mão: "Prof. Matos, tenho grande admiração pelo seu trabalho."

Dionísio retribuiu o cumprimento: "Prazer em conhecê-lo."

As famílias Matos e Pinto eram ambas renomadas na Capital, e embora circulassem nos mesmos círculos, essa era a primeira vez que se viam pessoalmente.

Havia uma tensão sutil entre os dois, da qual Joana parecia totalmente alheia, intrigada apenas pelo tempo que levaram se cumprimentando.

Dionísio olhou para ele mais uma vez, soltando a mão primeiro: "Preciso ir para o laboratório agora."

Joana o observou partir, e Felipe, pensativo, olhou para ela: "Você é muito próxima dele?"

Joana preferiu não se estender no assunto, respondendo apenas: "Mais ou menos."

Felipe não fez mais perguntas.

Naquela mesma noite, Joana recebeu uma mensagem de Felipe no WhatsApp.

Vendo que ele não parecia surpreso, Joana ficou confusa: "Por que você não se surpreendeu?"

"Srta. Neto, esta é a segunda vez." Dionísio falou enquanto mergulhava um churro no leite de soja e o levava à boca, "Na semana passada, você fez o mesmo, além do mais, seus movimentos não foram muito mais rápidos do que os do Branco."

Joana olhou para o cachorro amarrado à porta: "…"

Ela ainda tentava argumentar quando a avó que preparava os pastéis de vento aproximou-se sorrindo: "Querida, veio de novo, vai querer o de sempre?"

Joana acenou com a cabeça: "Um churro, doze pastéis de vento."

A senhora velha, apesar da idade, era bastante ágil, e rapidamente trouxe os pastéis e o churro, além de um pequeno prato com o acompanhamento que Joana gostava.

Ao ver, Joana sorriu: "Obrigada, vovó."

A senhora velha sorriu, seus olhos formando pequenas linhas: "Coma enquanto está quente, depois esfria e não fica tão gostoso."

Joana olhou para Dionísio, que sempre escolhia as mesmas duas coisas, parecendo um tanto monótono, "Na próxima vez, que tal experimentar algo diferente?"