Um Adeus Sem Perdão romance Capítulo 940

A cada pensamento, a inquietação de Helena aumentava e ela começou a andar sem rumo, como uma mosca sem cabeça.

Contudo, a pessoa do outro lado da linha continuava imperturbável, como sempre, sem sequer uma onda de tensão evidente em sua voz. "Suponha que haja suspeita, e daí? Enquanto você permanecer em silêncio, eles não terão nenhuma prova e acabarão tendo que libertá-lo.”

Depois de ouvir isso, Helena suspirou de alívio e se acalmou.

"E essa droga... O que exatamente é? Você não disse que era de alta pureza e eficácia, então por que Dionísio parece não ter sido afetado?"

A pessoa do outro lado da linha fez uma breve pausa antes de responder: "Você está fazendo demasiadas perguntas."

Helena franziu a testa. "Lembre-se", ela disse, "somos parceiros, então, escolha suas palavras cuidadosamente."

"Aah... Palavras? Tomando como princípio a nossa relação de parceiros, me pergunto, o que você contribuiu? Eu forneci a droga, organizei a execução e você? O que fez? Tomou um banho, depois tirou suas roupas e deitou-se com Dionísio?"

"Infelizmente, mesmo sentada e desfrutando os frutos sem fazer nada, você ainda consegue fazer uma bagunça. Ainda tem coragem de falar de 'parceria'? Você tem alguma qualificação para isso?”

As palavras quase humilhantes deixaram Helena furiosa. "Quem diabos você pensa que é? O que quer? Não aja como se estivesse sendo injustiçado. Você não estava usando-me para lidar com Dionísio?! Nós usamos uns aos outros conforme nossas necessidades. Nenhum de nós é melhor do que o outro.”

"Ha... Isso é idiotice!"

Depois de responder, a pessoa do outro lado da linha desligou.

Helena rapidamente ligou de volta. "Alô? Quem é o idiota aqui? Alô?”

"Desculpe, o número que você discou está desativado..."

Desativado?

Helena ficou parada, estupefata.

Do momento que ele desligou até a sua tentativa de ligar de volta, apenas alguns segundos haviam passado e o chip do celular já havia sido desativado.

Quem seria essa pessoa?

E aquela droga...

...

Dionísio não foi para o quarto do segundo andar, mas preferiu ficar com Joana.

"... Talvez eu deva ir para o segundo andar."

Joana colocou o termômetro de lado. "Você quer ver a sua temperatura atual?"

"..."

“Por que as pílulas para febre não estão fazendo efeito?” Joana murmurou.

Ao ouvir isso, Dionísio não pôde conter o riso.

Alguém levaria um kit de coleta profissional para uma conferência? Provavelmente apenas ela.

"Ahem! A professora Quadros mencionou que talvez nos deixassem visitar a Universidade F e a Politécnica. Pensei que poderíamos ter a oportunidade de visitar os laboratórios deles, então, trazer o equipamento seria útil..."

Parece que o equipamento acabou sendo útil.

...

A noite estava avançada e a luz do luar estava particularmente fria.

Dionísio, no final, decidiu não sair. Evidentemente, ele não suportava a ideia de partir.

Joana planejava dormir no sofá ao lado para manter um olho em Dionísio caso acontecesse algo durante a noite.

Porém, Dionísio se opôs fortemente.

Ele insistiu em dormir no sofá e deixou Joana na cama, caso contrário, ele iria para o andar de cima e pegaria um quarto só para ele.

Incapaz de convencê-lo do contrário, Joana finalmente concordou com seu pedido.

Às duas da manhã, ela foi acordada pelo som de sua respiração ofegante.