Um Adeus Sem Perdão romance Capítulo 946

Em resumo, no laboratório, Dionísio precisava apenas de uma frase para demitir alguém.

Mas antes disso, nunca passou pela cabeça deles que alguém entre eles poderia deixar o laboratório por meio de uma "rescisão de contrato de trabalho".

Valéria estava um pouco atônita.

Essa "demissão" foi tão repentina, o que significa "devido a certos motivos"?

Lembrando que Helena tinha tirado licença médica, ela tentou perguntar com cautela: "Será que a condição de saúde da Helena não é muito otimista?"

Mas isso não deveria resultar em uma "demissão"...

Dionísio não poderia ser tão insensível a ponto de, diante de um problema de saúde de Helena, simplesmente descartá-la.

Willian concordou com a cabeça: "Podemos saber qual é o motivo específico?"

Dionísio não respondeu, mas continuou: "O projeto que estava nas mãos de Helena será temporariamente transferido para Manuel acompanhar, façam a transição o mais rápido possível."

Desde que Dionísio começou a falar até o momento em que mencionou seu nome, Manuel ficou completamente atordoado.

Sua mente estava um vazio, perdendo a capacidade básica de pensar.

Seus ouvidos pareciam estar cobertos, incapazes de ouvir qualquer outro som ao redor, apenas a frase do Prof. Matos sobre a "rescisão de contrato de trabalho" ecoando.

Até que—

Valéria, sentada ao seu lado, puxou seu braço por baixo da mesa com força, e Manuel finalmente reagiu com um sobressalto.

Ele olhou para Dionísio, um tanto perplexo: "Professor, por quê?"

Dionísio o olhou de volta.

Aquele olhar novamente!

No fim, ele não disse nada, virou-se e saiu, deixando para trás pessoas entre estupefatas, chocadas ou simplesmente atônitas.

A atmosfera do laboratório estava mais opressiva do que nunca naquela manhã.

Manuel pegou seu celular várias vezes, querendo ligar para Helena e perguntar sobre a situação, mas acabou colocando-o de volta.

Helena sabia dessa notícia?

Se não soubesse, como ele deveria começar a conversa?

Mesmo que Dionísio não tenha dito nada, Manuel já sentia algo intuitivamente—

"Dionísio! Abra a porta—"

"Abra! Deixe-me entrar!"

"Se você tem coragem, abra a porta para mim—"

...

"Manuel, eu sei que você está aí dentro, você vai mesmo me deixar como uma idiota batendo na porta, e ainda assim não conseguir entrar?"

No laboratório, Manuel estava inquieto, olhando várias vezes para Dionísio, até que finalmente falou—

"Professor, vamos deixar Helena entrar? Algumas coisas são melhores ditas pessoalmente, mesmo que seja para morrer, é melhor morrer entendendo, não é?"

Dionísio o olhou profundamente, após um longo momento—

"Está bem, vá abrir a porta para ela."

Manuel não sabia o que aquele olhar significava, ele apenas estava aliviado que a garota que gostava finalmente não teria que passar por essa situação embaraçosa.

Mas, logo ele se arrependeria...