Um Adeus Sem Perdão romance Capítulo 951

Logo que a estação das chuvas chegou, o tempo tornou-se imprevisível.

Ontem ainda estava ensolarado e agradável, mas hoje, uma garoa fina caiu.

Dionísio não levou guarda-chuva e, ao chegar em casa, suas roupas estavam completamente molhadas. Ele decidiu tomar um banho quente e trocar-se por roupas confortáveis para ficar em casa.

Enquanto secava o cabelo, viu o colchão nu e hesitou por um momento.

Naquele dia, ele havia jogado fora os lençóis e a capa do edredom, e desde então não havia substituído por novos.

Silenciosamente, pegou um lençol limpo e o estendeu sobre a cama.

Lembrou-se de que Joana havia mencionado antes, Fernando lhe enviou carne de sol com vinagrete, pedindo que fosse buscar.

Dionísio rapidamente secou o cabelo, trocou-se novamente e foi bater à porta do apartamento em frente.

"Joana, está aí?"

"...Joana?"

Não houve resposta.

Ele olhou para o relógio de pulso, já eram nove da noite.

Ela já deveria ter voltado do laboratório.

Nas duas horas seguintes, embora Dionísio estivesse em sua própria casa, seu coração já estava ansioso no corredor. Ao ouvir qualquer ruído, imediatamente largava o que estava fazendo e olhava pelo olho mágico da porta.

Mas não era ela.

Até a uma da manhã, Joana ainda não havia voltado.

Provavelmente não voltaria mais naquela noite.

Dionísio apagou as luzes e voltou para o quarto para deitar-se.

Por algum motivo, sentia um vazio no coração.

Naquele momento, ele ainda não havia percebido a gravidade da situação e, no dia seguinte, levantou-se cedo como de costume para ir ao laboratório.

À noite, voltou para casa, trocou de roupa e desceu para correr.

Das oito às dez horas, quantas vezes ele correu de um lado para o outro na ruela abaixo, ainda não havia visto Joana.

Dionísio esperou mais uma hora.

Durante esse tempo, encontrou-se com alguns vizinhos—

"Dionísio, correndo à noite novamente?"

"Você realmente se mantém em forma, por que não participa da maratona este ano? Com certeza ganharia o primeiro lugar!"

"Nossa unidade tem você e a Joana, ambos amam correr. Deveria fazer meu filho seguir o exemplo de vocês! A propósito, por que não vi Joana hoje?"

Dionísio franziu ligeiramente a testa, "Ela ainda não voltou."

Joana não respondeu mais.

Aquela noite, Dionísio revirou-se na cama, só conseguiu dormir às duas da manhã.

...

Na manhã seguinte, Betânia bocejou e levantou-se da cama.

Lavou-se, arrumou-se, tomou café da manhã e, quando vestiu o jaleco e apareceu na área do laboratório, já havia se passado uma hora.

"Irmã Joana— você, como ainda está na bancada?"

Betânia ficou paralisada no lugar, com os olhos arregalados.

Joana sorriu para ela: "Bom dia."

"Não me diga que você passou a noite em claro." A voz de Betânia soou anestesiada.

Meu Deus!

Ela pensou que já estava se esforçando o suficiente, tendo entrado na sala de descanso às dez da noite, e se levantado com o despertador às oito da manhã, sem preguiça nenhuma!

E então...

Havia alguém ainda mais diligente!