Um Adeus Sem Perdão romance Capítulo 996

Kléber, ao pensar nessa possibilidade, sentia seu coração contrair-se de forma descontrolada.

Se não havia um motivo, então ele se tornaria o motivo para que ela ficasse.

Entretanto...

O motivo que ele representava, agora, parecia não ser suficiente.

Mas ele acreditava que, um dia, seria!

Chegando ao laboratório, como esperado, Joana já estava trabalhando na bancada.

"Bom dia, irmã Joana."

"Bom dia, Kléber. E a Betânia?"

Não era comum que ambos chegassem juntos?

Kléber apertou os lábios: "Hoje ela... de repente não quis me dar carona."

Essas palavras soavam bastante lamentáveis.

Joana ficou surpresa por um momento: "Como assim? Betânia não é de ser mesquinha, será que você a ofendeu de alguma forma? E, além disso, de maneira séria?"

Kléber suspirou: "...Talvez."

"?"

Kléber chegou às oito, e desde então, seu olhar periférico estava firmemente fixado na direção da porta.

Para capturar, o quanto antes, aquela que fugiu em desespero no dia anterior.

No entanto, até as dez da manhã, Betânia ainda não havia aparecido.

Ele começou a se desesperar.

Preocupado que algo tivesse acontecido a ela, começou a ligar e enviar mensagens desde as nove e meia.

Mas Betânia desligava todas as ligações.

E não respondia às mensagens.

"Irmã Joana, já são mais de dez e a Betânia ainda não chegou, eu——"

"Ué? Você não sabia? Ela não te disse?"

Kléber ficou atônito: "Saber o quê?"

Joana: "Ela me enviou uma mensagem às nove, dizendo que precisaria tirar uma semana de folga."

"Folga?!"

Ela tinha levado o carro, então não precisou que Dionísio viesse buscá-la.

Ao chegar na porta de casa, encontrou Dionísio já a esperando no corredor, com duas sacolas de compras cheias aos pés.

Ao abrir, viu que eram carne e legumes.

"Você foi ao supermercado?" Joana tirou as chaves, enquanto abria a porta, perguntando.

Dionísio acenou com a cabeça, seguindo-a com as sacolas: "Saí mais cedo do trabalho hoje e aproveitei para dar uma passada lá."

"Então, vamos fazer algo simples em casa esta noite?"

"Claro. Como você preferir." Dionísio trocou seus sapatos com habilidade.

Joana: "Por que não esperou em casa? Ficar de pé no corredor não é cansativo?"

"Eu não cheguei muito antes de você, imaginei que logo estaria de volta. E carregar as sacolas para cima e para baixo seria um incômodo."

Joana arregaçou as mangas e caminhou em direção à cozinha.

Dionísio encheu um copo com água morna, segurando-o enquanto a seguia: "Beba um pouco de água primeiro."

Joana levantou as mãos, mostrando o óleo nelas, e então, com um sorriso doce, disse: "Neste momento, o namorado me ajudar a beber água não seria demais, não é?"

Dionísio riu, concordando prontamente, "Não é demais, claro que não, culpa minha por não perceber antes."