Um amor de cabaré romance Capítulo 15

Tudo parecia estar voltando ao normal, já fazia uma semana que eu não via o Felipe, e eu cheguei a conclusão que a nossa discussão tinha colocado ele no lugar dele.

Eu sabia que o Felipe podia me pagar o suficiente pra eu comprar o meu apartamento, eu sabia que fuder somente com ele não seria algo difícil pra mim fazer, seria um sonho dar a minha xota apenas pra ele e ganhar uma fortuna com isso.

O problema era o meu medo dele enjoar de mim e eu acabar ficando sem nada, afinal eu iria perder os meus clientes, mas o pior seria eu me apaixonar por um homem casado, e que me tratava como uma mercadoria.

As palavras dele ficaram a semana toda na minha cabeça, eu sabia que ele tinha razão, que eu realmente me colocava nessa posição, mas ouvindo ele falar, parecia uma agressão.

Eu sentia que já estava me apaixonando, pois só a presença dele fazia o meu coração acelerar, imagine se eu aceitasse a proposta dele? eu iria está pedindo pra sofrer, pois ele jamais iria largar a esposa dele, uma modelo linda e rica pra ficar com uma garota de programa.

- É, talvez seja melhor assim, ele fez bem em se afastar, falei enquanto voltava pra casa de mais uma noite no cabaré.

Antes de entrar em casa, prestei atenção em um carro preto estacionado a poucos metros da minha casa, e por alguns instantes pensei ser ele, mas se fosse, ele daria um jeito de chamar a minha atenção, eu entrei em casa e segui a minha rotina.

Quando eu fui pra faculdade, o carro estava estacionado no mesmo local, daí comecei a pensar que era o carro novo de algum vizinho.

Mas eu fui tomada pela desconfiança quando eu saí da faculdade, e vi um carro idêntico, se não o mesmo, em frente a faculdade, do outro lado da avenida.

Eu tive a leve impressão que eu estava sendo espionada, eu só não sabia por quem.

Quando eu voltei pra casa, o carro não estava mais lá, o que aumentou ainda mais a minha desconfiança, mas a noite, quando saí pra ir pro Cabaré, o carro estava lá novamente.

Eu precisava ver a placa do carro pra comparar, mas se eu me aproximasse, a pessoa iria desconfiar que eu estava desconfiando.

Eu peguei um mototáxi e pedi pro motoqueiro passar pelo carro, e então eu consegui pegar a placa.

Eu fui repetindo o número da placa mentalmente até chegar ao Cabaré pra eu não esquecer, chegando lá, eu tirei o celular da bolsa e anotei.

Quando eu saí do cabaré, eu fui caminhando normalmente pro ponto dos taxistas e dos mototaxista, eu olhei ao redor pra ver se via o carro, mas não vi, mas quando chegue em casa, o carro estava no mesmo lugar.

Quando eu fui pra faculdade, eu vi o carro do outro lado da avenida outra vez, e era a minha chance de comparar as placas.

Eu tirei o celular do bolso e fingi que estava ligando pra alguém, fui caminhando com o celular no ouvido até o outro lado da avenida e até já havia decorado o número da placa na cabeça, quando eu cheguei perto do carro, era a mesma placa.

Uma pessoa normal chamaria a polícia, mas eu não me considerava normal, na verdade, poucas coisas eram capazes de me assustar.

Eu me aproximei do carro, bati no vidro escuro e esperei que alguém abrisse.

Quando o motorista abriu o vidro, se tratava de três homens, o motorista, um do lado dele e outro atrás.

- Posso saber porquê vocês estão me seguindo?

O motorista olhou pro outro homem ao lado que fez um gesto com a cabeça em positivo e depois olhou pra mim novamente.

Motorista: Estamos fazendo a sua segurança senhorita.

- Segurança? a mando de quem?

O motorista olhou novamente pro homem ao lado que mais uma vez fez o gesto com a cabeça.

Eu fiquei extremamente irritada com isso.

Eu dei a volta no carro e fui pra janela do outro homem e bati nela, ele baixou o vidro em seguida.

- Já que é você quem dita as ordens aqui, então é você quem vai me responder. Quem pediu pra vocês fazerem a minha segurança?

"Eu me chamo Rafael, e estamos aqui a mando do Sr.Felipe".

- Eu não sabia que precisava de segurança. E quem o Felipe pensa que é pra fazer esse tipo de coisa sem me consultar?

Rafael: Isso é tudo o que estou permitido a responder senhorita.

- Pois eu vou dar um aviso pra vocês, se eu ver vocês outra vez me espionando, eu vou chamar a polícia, daí eu quero ver qual a desculpa que vocês irão dar. Vocês estão me entendendo?

Rafael: Eu só estou cumprindo ordens senhorita.

- Pois metam essas ordens no cú do patrão de vocês. Já estão avisados.

Eu fui pra casa querendo matar o Felipe, ao mesmo tempo que eu fiquei pensando sobre o motivo que o levou a fazer isso.

Eu nunca me senti ameaçada por nada e nem por ninguém, ninguém nunca me fez mau, não existia motivo nenhum pra ele colocar três seguranças na minha cola.

Quando eu cheguei em casa, eu liguei pro mesmo número que ele usou pra me mandar a mensagem, mas ele não atendeu, e mandou uma mensagem logo em seguida.

" Estou em reunião". Felipe.

Ele não iria escapar de me dar uma boa explicação.

Quando eu fui pro cabaré, o carro não estava mais perto da minha casa.

- Ótimo, pelo menos são obedientes. Falei pra mim mesma.

A noite seguiu tranquila, recebi uma boa grana de um cliente, e eu estava mais perto do que longe de conseguir comprar o meu apartamento.

Quando eu cheguei em casa, tomei um banho, fui fazer o café da manhã, e estava tudo bem, até o momento dos meus pais irem trabalhar.

Assim que eles saíram, alguém tocou a campanhia, e eu fiquei sem entender nada, pois eu nunca recebia visitas nesse horário, e os meus amigos só marcavam de me ver quando conseguiam uma folga no trabalho.

Quando eu abri a porta, eu fiquei sem acreditar ao ver o homem bem na minha frente.

Felipe: Posso entrar?

Eu peguei no pulso dele e o puxei pra dentro com medo de algum vizinho o ver.

- Você está maluco? perdeu o juízo cara? como você se atreve a vim aqui? e o que você diria pros meus pais se fossem eles a te atender?

Ele olhou pra minha roupa, e depois fixou o olhar nos meus peitos.

- Quer prestar atenção no meu rosto por favor?

Felipe: É com esse short super curto e com essa blusa decotada que você sempre atende a porta da sua casa?

Eu ergui a sobrancelha, incrédula com a pergunta dele.

- Não, tem vezes que eu atendo só de calcinha e sutiã.

Felipe: Você não cansa de me provocar?

- E você não cansa de querer me tratar como sua propriedade? e o que você está fazendo aqui?

Ele saiu andando pela minha casa como se a casa fosse dele e sentou no sofá.

Felipe: Senta aí, nós precisamos conversar.

- Vai se ferrar Felipe, que ódio dessa sua mania de querer mandar em mim.

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