Um Companheiro Brutal romance Capítulo 3

Tudo parecia estar em câmera lenta agora. É como se alguém tivesse um controle da minha vida, e usasse esse controle para deixar tudo em câmera lenta, assim como naquele filme, Click. Aquela tigela de purê de batatas, atingiu o rosto de Tate, com um grande som sibilante. Minha boca se abriu, absorvendo o que acabava de acontecer.

Eu olhei para a multidão à minha frente, fitando suas faces que imitavam a minha. Comecei a ficar preocupada, pois todos tinham expressões faciais mistas. Alguns estavam cheios de medo sabendo o que poderia acontecer com Tate, alguns estavam olhando para mim com pesar e tristeza, e alguns tentavam segurar o riso.

Os olhos de Tate encontraram os meus e, quando isso aconteceu, ele pareceu surpreso, seu olhar suavizando para mim com... admiração? Mas então rapidamente compôs seu rosto. Voltou a ser o olhar duro e pedregoso que ele sempre dispara para outras pessoas. E de alguma forma eu não conseguia desviar o olhar dos olhos dele. Não importava o quanto eu quisesse desviar o olhar, meu corpo não queria se mover.

"Você vai pagar por isso, sua vadia." Tate Richardson rosnou para mim. Se olhares pudessem matar, eu estaria seis pés abaixo da terra agora. Ele estava coberto com meu almoço que caiu nele, quando fui tropeçada. Ele limpou o rosto dos purês de batatas e arremessou para mim, onde atingiu o meu rosto. Todo o refeitório estava silencioso até agora.

"Eu — eu — eu — eu sinto muito. Eu não sabia que isso ia acontecer." Gaguejei, tentando evitar o contato visual. Ele estava vindo em minha direção, intimidante com seus mais de um metro e oitenta de altura. Queria tomar um gole de ar, mas com medo de fazer barulho, decidi contra. Dei um passo para trás, enquanto ele me empurrava bruscamente nos dois ombros, causando uma dor aguda. Havia contusões curadas embaixo do meu suéter que certamente reapareceriam mais tarde.

"Awh, o bebezinho vai chorar?" Ele zombou de mim. Ele tinha um sorriso astuto no rosto enquanto apertava meus ombros um pouco mais forte. Mordi o lábio, para conter um grito fraco. Essas contusões certamente retornariam.

"Não." Reuni a melhor voz que pude para mostrar que ele não estava me atingindo, mesmo que eu já tivesse falhado ao gaguejar.

"Desiree, Emilia?" Ele chamou por elas.

Desiree e Emilia surgiram da mesa, rindo enquanto passavam perto de mim, empurrando-me ao chão. Mordi meu lábio, contendo as lágrimas que ameaçavam sair dos meus olhos. Baixei a cabeça em vergonha, escondendo-a. Coloquei meu rosto 'valente', assim como fazia em casa quando meus pais me agrediam.

Blake veio em minha direção, enquanto os três voltavam para a mesa, agindo como se nada tivesse acontecido. "Ei, vamos embora, ok? Você está bem, está bem." Balancei a cabeça para Blake enquanto ela me ajudava a levantar. Deixamos o refeitório e fomos para o banheiro, longe de todos.

"Ei, o que aconteceu com sua cabeça?" Blake franziu a testa, enquanto levava a mão à minha cabeça, assim que nos acomodamos no banheiro. Acho que ela finalmente notou o corte que eu tinha na testa.

Movimentei minha cabeça para trás, longe de sua mão intrometida. "Esbarrei na porta esta manhã quando estava deixando Kirsten e Dylan na creche. Eu estava sendo desajeitada." Adicionei uma risada no final, esperando que isso encerrasse a questão.

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