Assim que desligou o telefone, Beatriz soltou um suspiro aliviado. Sterling era assustador, e ela temia sua reação. Mas, ao pensar que ele iria descarregar toda sua raiva em Clarice, não conseguiu conter o sorriso satisfeito.
Do outro lado da linha, Sterling encarava o telefone em silêncio. O som do bip de chamada encerrada ecoava em seus ouvidos, enquanto uma expressão sombria tomava conta de seu rosto. Clarice... Como ela teve coragem de se envolver com Asher?
Antes que pudesse refletir mais sobre aquilo, a porta da sala de emergência se abriu. Sterling imediatamente se levantou e foi ao encontro do médico.
— Como ela está? — Perguntou ele, com urgência.
— A situação dela não é boa. — O médico suspirou, visivelmente preocupado. — Se continuar assim, há uma grande chance de que ela perca o bebê.
O médico balançou a cabeça, frustrado. Nunca tinha visto uma grávida que, em menos de três meses de gestação, já tivesse sofrido tantos acidentes, caído tanto e ido parar no hospital tantas vezes. Era óbvio para ele que isso não terminaria bem.
Sterling olhou para Teresa, que estava deitada na maca, pálida e frágil. Seus lábios se apertaram em uma linha fina. Após alguns segundos de silêncio, respondeu com frieza:
— Vou tomar cuidado.
O médico deu de ombros e saiu, deixando Sterling sozinho com Teresa.
Enquanto uma enfermeira arrumava o soro, não pôde deixar de lançar um olhar discreto para Sterling. Seu coração acelerou. "Meu Deus, que homem lindo!", pensou ela, com as bochechas corando.
Mas o olhar frio de Sterling logo encontrou o dela, e a enfermeira sentiu um arrepio percorrer sua espinha. Baixou a cabeça rapidamente, assustada. "Que homem assustador!", pensou ela, agora tremendo.
Depois de acompanhar Teresa até o quarto, Sterling sentou-se ao lado dela. Mas sua mente estava longe. As palavras de Beatriz ecoavam repetidamente em sua cabeça. Seu rosto estava rígido, e todo o seu corpo emanava uma frieza que fazia o ambiente parecer ainda mais gelado.
Então era por isso que Clarice estava tão empenhada em pedir o divórcio. Ela já estava envolvida com Asher há tempos.
Teresa abriu os olhos devagar, e sua voz saiu baixa, doce, carregada de um tom que misturava fragilidade e sedução:
— Sterling...
Ele nem hesitou.
— Vou chamar uma enfermeira para cuidar de você. Preciso sair. — Disse Sterling, levantando-se rapidamente.
— Sterling! — Teresa chamou, com urgência, enquanto o via se afastar.
Mas ele sequer olhou para trás. Teresa mordeu os lábios, frustrada. Sterling deveria estar ao seu lado! Clarice, aquela mulher desprezível, certamente tinha feito algo para afastá-lo dela.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Um Vício Irresistível
Por favor, cadê o restante do livro???...