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Um Vício Irresistível romance Capítulo 133

— Olá, o número para o qual você ligou está desligado...

Ao ouvir a mensagem automática no celular, o rosto de Sterling ficou sombrio.

Clarice achava mesmo que desligar o celular seria suficiente para ele não encontrá-la?

Poucos minutos depois, Sterling se levantou e foi até o closet. Ele trocou de roupa rapidamente, pegou o celular e saiu do quarto.

Isaac acabara de se deitar para dormir quando recebeu a ligação do chefe. Sem outra alternativa, ele suspirou, levantou-se, vestiu-se e saiu de casa.

Ao entrar no carro, ele resolveu tentar ligar para Clarice. O resultado foi o mesmo: celular desligado.

Um mau pressentimento tomou conta de Isaac. Ele sabia que algo ruim estava prestes a acontecer naquela noite.

No quarto do hospital, Clarice segurava o relatório da solução intravenosa que haviam tentado aplicar nela. Seu rosto estava sério, os olhos gelados — iguais aos de Sterling. Não havia dúvidas de que eram mesmo marido e mulher.

Jaqueline estava furiosa e gritava, indignada:

— Quem foi o desgraçado sem vergonha que fez isso escondido? Que coisa mais suja!

Clarice respirou fundo e respondeu em voz baixa:

— Não comente com ninguém sobre isso por enquanto. Vou encontrar alguém para investigar. — Ela apertou os lábios, com os olhos ainda mais frios. Se Teresa estivesse por trás disso, ela não deixaria barato.

Jaqueline tentou acalmá-la, também em tom baixo:

— Ainda bem que você perceber a tempo e tirar a agulha. Se não, nem quero imaginar o que poderia ter acontecido. Fique tranquila, não vou contar a ninguém.

Clarice colocou a mão sobre o ventre. Só de pensar no que poderia ter acontecido, sentiu um arrepio. Por sorte, haviam descoberto tudo cedo. Caso contrário, ela já estaria em uma mesa de cirurgia naquele momento.

— Clarinha, vá dormir. Já está muito tarde. — Jaqueline olhou para o relógio. Já passava de uma e meia da manhã. — Grávidas não podem ficar acordadas até tarde, faz mal para o bebê.

Clarice assentiu e, lembrando-se de algo, disse rapidamente:

— Ah, Sterling prometeu que não vai mais atrapalhar o seu estúdio.

Jaqueline ficou surpresa.

— Como você sabe disso?

Ela havia investigado a situação anteriormente, e as pessoas envolvidas deixaram claro que o pedido para cancelar os contratos havia vindo da figura mais influente de Londa. Não foi difícil deduzir que Sterling estava por trás disso.

Era evidente que o problema vinha do relacionamento entre Sterling e Clarice. Ele queria usar Jaqueline como uma forma de pressionar a esposa. Por isso, Jaqueline nunca quis contar a Clarice o que havia descoberto.

Agora, ouvindo Clarice falar sobre o assunto, ela achou estranho.

— Nós brigamos, e ele usou você para me ameaçar. — Clarice segurou a mão de Jaqueline e continuou, num tom baixo. — Ele até usou Asher para me pressionar.

Ela sabia que não tinha forças para enfrentar Sterling, então só lhe restava ceder.

Jaqueline a abraçou, com os olhos marejados.

— Se ele quiser me prejudicar, que faça o que quiser. Você não pode ceder a ele!

Jaqueline não suportava ver Clarice sofrendo tanto.

— Não dá para aceitar isso! — Clarice balançou a cabeça. — Depois que eu me divorciar, ainda quero abrir o estúdio com você.

Ela sabia que não poderia continuar por muito tempo no Torres Advocacia. Com Teresa lá, sua vida seria um inferno. Precisava planejar uma saída.

Jaqueline assentiu, decidida:

— Tudo bem, eu espero por você!

Clarice era extremamente competente em tudo que fazia. Se elas trabalhassem juntas, o estúdio certamente prosperaria rapidamente.

— Estou cansada, vou dormir. — Clarice mal conseguiu terminar a frase antes de fechar os olhos e adormecer.

— Façam! — Ordenou uma voz fria e sem emoção.

No instante seguinte, Teresa sentiu um golpe na cabeça, seguido de outro no rosto.

— Ugh... — Ela tentou gritar, mas sua boca estava amordaçada, e tudo o que conseguiu emitir foram gemidos abafados.

O pânico tomou conta dela. Será que Clarice havia descoberto que o bebê que esperava era de Sterling e por isso mandara essas pessoas? Será que queriam tirar seu bebê?

Apavorada, Teresa instintivamente protegeu o ventre com as mãos.

— Já chega, foi o suficiente! — Disse o homem.

Os agressores pararam imediatamente.

Teresa reconheceu vagamente aquela voz. Por que alguém conhecido faria isso com ela?

— Deixem o celular dela. Vamos embora.

Teresa foi jogada ao chão. Seu corpo estava dolorido da cabeça aos pés, mas, curiosamente, seu abdômen não havia sido atingido.

Eles evitaram bater em sua barriga. Talvez o objetivo fosse apenas assustá-la.

Assim que o som do motor do carro desapareceu, Teresa começou a desamarrar as cordas em seus pulsos.

Quando conseguiu tirar o saco de sua cabeça, percebeu que estava cercada pela escuridão.

Ela lembrou-se que haviam deixado seu celular e começou a procurá-lo no chão.

De repente, sua mão tocou algo estranho, macio e escorregadio.

Na mesma hora, uma dor aguda atravessou sua mão. Teresa gritou e recuou, pisando em algo duro.

Ignorando o medo, ela pegou o objeto no chão. Era o celular. Ela ligou a lanterna e iluminou sua mão para ver o que havia acontecido.

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