Ela sequer se preocupou com o fato de estar de vestido, pouco ligando se estava ou não mostrando algo que não deveria.
O assistente desviou o olhar imediatamente, tentando manter a compostura, e disse respeitosamente:
— Srta. Beatriz, com licença.
Sem esperar mais, ele a pegou no colo diretamente, ignorando qualquer resistência.
Beatriz ficou atônita por um segundo, mas logo reagiu. Ela ergueu a mão e deu um tapa estalado no rosto do assistente:
— Seu atrevido! Me coloca no chão agora!
O assistente sentiu a orelha zumbir com a força do tapa, mas, mesmo assim, cerrou os dentes e continuou carregando-a em direção à porta.
— Asher, eu sou sua mulher! Como você permite que outro homem me toque? — Beatriz gritou furiosa, quase histérica, virando o rosto na direção de Asher, que estava sentado à mesa.
Asher, impassível, massageou as têmporas e abriu o notebook, concentrando-se nos documentos que tinha para revisar. Mesmo com o casamento iminente entre ele e Beatriz, ele nunca havia tido intenção de desenvolver qualquer intimidade com ela. Então, por que se importaria se outro homem a carregasse?
Beatriz, ao perceber que ele sequer levantava os olhos para o que estava acontecendo, sentiu o sangue ferver.
— Asher, você não tem medo que eu faça alguma coisa contra a Clarice? É isso?
Finalmente, Asher desviou o olhar do notebook e pousou os olhos frios no rosto de Beatriz. Sua voz era cortante:
— Coloque-a no chão.
O assistente, sem hesitar, obedeceu e colocou Beatriz de volta no chão.
Assim que seus pés tocaram o chão, Beatriz levantou a perna e deu um chute no assistente, sua expressão carregada de raiva:
— Eu aceitei casar com você porque você me garantiu que nunca faria nada contra a Clarice. — Disse Asher, sua voz baixa, mas carregada de fúria. — Mas se você sequer pensar em encostar um dedo nela, eu não terei outra escolha a não ser acabar com você antes.
Cada palavra foi pronunciada com precisão e força, como se ele quisesse gravá-las na mente dela. Ele queria que Beatriz entendesse, de uma vez por todas, que o casamento não era por amor. Era apenas um acordo para proteger Clarice.
O aperto em seu pescoço aumentou, e Beatriz começou a sentir a falta de ar. Uma onda avassaladora de pânico tomou conta dela. Pela primeira vez, ela sentiu o gosto amargo do medo genuíno.
— A-Asher... Solta... — Beatriz conseguiu balbuciar a frase, mas sua voz estava fraca, quase inaudível. Dizer aquelas palavras parecia consumir toda a sua energia.
Asher soltou o pescoço dela lentamente, mas seus olhos ainda estavam fixos nela, frios e ameaçadores.
— Eu vou te avisar mais uma vez: não tente nada contra a Clarice. Se eu descobrir qualquer coisa, seus dias de glória vão acabar.
Ele sabia que perder a compostura daquele jeito era uma atitude que não se esperava de um cavalheiro. Mas ele precisava garantir a segurança de Clarice. Ele havia colocado pessoas para vigiá-la 24 horas por dia, mas sabia que isso não era suficiente. A única forma de acabar com a ameaça era cortá-la pela raiz.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Um Vício Irresistível
Por favor, cadê o restante do livro???...