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Um Vício Irresistível romance Capítulo 173

Clarice recolheu os pensamentos e, com o rosto pálido, disse:

— Preciso resolver algo, volto depois.

Assim que terminou de falar, ela pegou a bolsa e saiu apressada.

Lilian observou a colega se afastar, com uma expressão de preocupação no rosto. O que poderia ter acontecido para Clarice estar tão abalada daquele jeito?

Assim que saiu do escritório, Clarice não conseguiu mais segurar as lágrimas. Elas escorreram pelo rosto, carregadas de dor e angústia.

O motorista, ao perceber seu estado, ficou preocupado. Ele tentou confortá-la:

— Chorar não resolve nada, moça. Seja forte.

Clarice virou o rosto para a janela, olhando as ruas enfeitadas com verbenas florescendo. Elas pareciam ainda mais vibrantes naquele dia, mas para ela eram como uma provocação. Teresa adorava verbenas, e Sterling, para agradá-la, havia mandado decorar todas as ruas de Londa com aquelas flores. Ele realmente fazia tudo por Teresa, não fazia?

O motorista, sem entender o motivo das lágrimas dela, continuou falando:

— Se a vida te pregar uma peça, você enfrenta. Se seu marido te trair, você espera ele dormir, amarra ele na cama e dá uma boa surra pra aliviar a raiva. Agora, se for a amante que vier te provocar, chama a polícia e denuncia por invasão de domicílio. Faz um escândalo para todo mundo saber. No final, quem passa vergonha é a amante e o marido canalha, não você!

Clarice, que até então estava afundada na tristeza, não conseguiu evitar um sorriso ao ouvir aquilo. Ela enxugou as lágrimas e agradeceu ao motorista:

— Obrigada, você conseguiu me fazer sentir melhor.

O motorista continuou, sem perder o ritmo:

— Mas se for alguém da sua família que está doente, gaste tudo o que for preciso para ajudar. Não importa se vai conseguir salvar ou não, o importante é não se arrepender depois. Tem gente que economiza com o tratamento e, quando a pessoa morre, passa o resto da vida lamentando. Dinheiro a gente trabalha e recupera, mas quem a gente ama, se for embora, não volta mais. Melhor lutar enquanto é possível, do que viver com o “e se” pelo resto da vida.

Clarice assentiu, concordando.

— Eu sei… Obrigada.

Ela sentiu uma leveza ao ouvir aquelas palavras. O motorista era um homem simples, mas gentil e cheio de sabedoria. Durante o resto do trajeto, ele continuou conversando, tornando o clima mais leve.

Quando o carro parou, Clarice já estava mais calma. Ela desceu e agradeceu novamente antes de seguir apressada para dentro do hospital.

No andar da enfermaria, ao chegar na porta do quarto da avó, Clarice viu enfermeiros entrando e saindo às pressas. Seu coração afundou imediatamente. Se algo acontecesse à avó, o que ela faria?

Depois de algum tempo de tensão, os médicos conseguiram estabilizar a situação. A avó havia saído do estado crítico.

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