Resumo de Capitulo 7 - Aquele da máquina de café – Uma virada em Uma Secretária (Im) Perfeita de T.Thaise
Capitulo 7 - Aquele da máquina de café mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de Uma Secretária (Im) Perfeita, escrito por T.Thaise. Com traços marcantes da literatura Romance, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.
Sabe aquelas máquinas potentes de café? Que basicamente faz tudo o que você pedir?
Tipo, cappuccino, expresso, latte, macchiato, esse tipo de coisa. Café que mais parece uma refeição.
Eu quebrei.
É isso aí, eu quebrei uma máquina que com certeza custava muito dinheiro, e depois andei até a mesa dele e coloquei o café que consegui salvar antes que quebrasse.
Provavelmente ele vai ficar sabendo uma hora ou outra, mas puta merda, buscar café toda vez que ele tem algum cliente é pura chateação.
E eu sei que ele sabe o quanto eu odeio, o covarde.
Porque quando a máquina chegou, Sônia estava na sala dele e pediu rapidamente um copo de café com aquela voz fina e alegre de sempre “Quero ser a primeira a estrear, pode trazer uma xicara para mim florzinha? Cappuccino por favor”.
Eu tenho certeza que rosnei, ou pode ter sido internamente, mas sabia com certeza que minha expressão foi de raiva quando disse o mais docemente possível “O problema é que eu não sei mexer na máquina”, me livrei? Claro que não, porque ela rapidamente ficou em pé e foi me mostrar como se fazia, e depois fez questão de me ajudar a fazer uma xicara para Campbell.
O demônio teve a audácia de sorrir. Sorrir!
E passou a semana inteira me enchendo o saco pedindo xicaras e mais xicaras de café, eu colocava com tanta força sobre a mesa que os pires de porcelana tilintavam de leve. Coitadas, elas não tinham culpa, eu sei.
E então puff, fui lá e quebrei a porcaria da máquina e nem sei como fiz isso. Só sei que ela ficou soltando uns barulhos estranhos e depois morreu, fim de uma vida.
A minha sorte? Hoje era sábado e sairia dali a alguns minutos e então na segunda feira eu poderia dar a desculpa de alguém ter invadido e quebrado a máquina. Ótimo plano.
- Jones! – ou não
- Sim?
- Antes de sair preciso que vá pegar uma encomenda no setor de recursos humanos
- Tudo bem
O setor de recursos humanos ficava no segundo andar, e a chefe de lá não era muito educada então entrei na sala e fui direto para a mesa de um dos empregados.
- Boa tarde, o sr. Campbell me pediu para buscar uma encomenda
- Ah sim, está aqui – ela me estende uma caixa grande e eu a pego sentindo o peso, agradeço rapidamente e sigo em direção a porta com passos rápidos, mas paro quando vejo Seline na porta me esperando.
- Srta. Jones, estava esperando uma oportunidade de conversar com você
- Olá Seline, como vai?
- Vou bem, escute – seguro a caixa com mais apoio e espero a reclamação – Preciso que diga a Colton que não posso ficar esperando semanas até que ele se digne a vim até mim. Temos negócios a resolver, o setor dele precisa de algumas modificações.
- Certo, mas é que eu não trabalho mais lá, estou trabalhando com o sr. Campbell e...
- Pouco me importa, passe a mensagem
Ela segue em direção a sua sala e seu terninho cinza some da minha vista. Suspiro irritada e volto para a minha sala.
- Aqui está – coloco o pacote a sua frente e ele nem mesmo olha quando responde
- É seu
- O que disse?
- Que é seu – ele rabisca mais alguma coisa no papel e olha para mim – Abra
Franzo a testa e abro a caixa com cuidado, olho o que tem dentro e volto minha expressão confusa para ele.
- Um tablet? – ele acena confirmando – Eu já tenho um tablet
- Mas é da empresa, e todos os dados ficam gravados quando você está fazendo suas.... pesquisas – estreitos os olhos com o seu tom de dúvida
- Eu não hackeei nada, se está com dúvidas quanto a isso. Eu só fiz umas pesquisas
- Não estou julgando, eu mesmo pedi para fazer isso – ele aponta para o tablet na caixa – Por isso estou te dando isso, vai facilitar, pelo menos não vai precisar apagar a toda hora o histórico.
- Você está sabendo demais para quem nunca fez isso – puxa, parabéns Kallie. Desvio o olhar dele para o tablet com vergonha
- Nunca disse que não fiz, mas ao contrário de você não sou bom nisso
- Isso não é um elogio
- Não sou de fazer elogios
- Percebi
Pego a caixa e a tiro de cima da mesa me afastando. Falei mais do que o necessário.
- Bem, obrigada pelo tablet – Chego até a porta e me viro uma última vez – Irá precisar de algo mais ou posso ir?
- Pode ir
Pego meu tablet, minha bolsa e dou o fora dali.
......................
A música de Shameless continua tocando continuamente no meu sonho, como uma melodia sem fim, e alguns poucos segundos ele para mas volta a tocar de novo e de novo......
Espera
Meus sonhos não tem música.
Abro os olhos de supetão e me sento pegando o celular de cima do criado mudo, meu coração troveja dentro do peito enquanto tento ver com meus olhos embaçados pelo sono quem está me ligando. Chamada do.... escritório?
- Alô?
- Jones, preciso que venha ao escritório – a voz imperiosa de Campbell chega aos meus ouvidos e eu pigarreio antes de falar.
- Aconteceu alguma coisa? Porque hoje é domingo e....
- Estou esperando
E simples assim ele desliga, tiro o celular da minha orelha e fico encarando estarrecida a tela preta. Como assim ele precisa de mim? As oito da manhã?
Inferno, hoje é domingo, ele não tem senso não?
Me levanto da cama e jogo os lençóis com força para o outro lado da cama, entro dentro do banheiro e tomo um banho rápido enfiando a primeira roupa que vejo. O que acaba sendo uma calça branca que bate um pouco acima dos joelhos e uma camiseta branca verde de manga.
Vou pulando até a sala calçando os meus saltos e pego uma maça no meio do caminho até a porta. O ônibus chega alguns minutos depois e entro prendendo o meu cabelo em um coque frouxo no alto da cabeça.
Uma hora depois chego ofegante no prédio silencioso e aceno rapidamente para o porteiro antes de me dirigir ao elevador, meus saltos estalam no chão enquanto entro na sala privativa. Coloco minha bolsa em cima da mesa e entro na sala que já está com a porta aberta.
- Bom dia – eu falo e puxo uma respiração silenciosa quando vejo ele sentado no chão, com os primeiros botões da camisa social preta aberta, espera......Ele usa óculos? E porque diabos eu achei isso tão atraente?
- Você precisa de uma hora inteira para se arrumar? – ele esbraveja
E acabou a atração
- Não, talvez você queira reclamar com o ônibus e com o metro sobre isso. Fique à vontade.
Jasper: Vou mandar minha mãe ir até ela
Eu: Obrigada, de verdade. Te amo
Jasper: Te amo gatinha
Quatro horas depois e pastas organizadas por cores (isso é o que dá trabalhar no domingo) Jason sai da sala se despedindo com um aceno. Jogo algumas coisas na bolsa e entro dentro da sala.
- Precisa de alguma coisa?
- Você não teria um lápis 6b por aí, teria?
Não sei dizer se é uma pergunta retorica, mas respondo mesmo assim
- Eu não tenho, mas na sala de arquivos deve ter
- Sala de arquivos?
- Sim, lá tem vários materiais de escritório – ele olha para mim e abre a boca, mas sou mais rápida dessa vez – Eu vou lá buscar.
Desço de novo e pesquiso na internet como é um lápis 6b, acho alguns e pego dois antes de subir.
- Aqui – coloco o lápis na sua frente e ele o pega rapidamente e o coloca por cima do papel desenhando algo – Vai precisar de algo mais?
- Não, pode ir embora – ele ajeita os óculos e coloca algo na calculadora antes de voltar a desenhar. Me volto para a saída, mas paro quando ele volta a falar – A cafeteria Mills não é tão boa, o café é doce demais.
Estanco na porta e me viro lentamente arregalando os olhos, tento ver sua expressão, mas ele continua de cabeça abaixada.
- O que disse?
- Disse que prefiro o café que você faz, mesmo que você fique fazendo expressões de raiva toda vez que vira as costas.
- Eu não fico fazendo expressões de raiva
- Faz sim, eu vejo todas elas pelas câmeras.
Puta merda
Mordo o lábio com força, mas paro quando vejo ele prendendo um sorriso de escarnio.
- Você é um idiota – eu solto e ele levanta a cabeça chocado, mas não surpreso
- E você é desastrada, pensa que eu não vi que quebrou a máquina e saiu correndo para comprar café em outro lugar?
- Não fiz isso por querer, eu disse que não sabia mexer naquele treco
- Você não gosta de me trazer café, isso sim
- Se você sabe disso por que continua pedindo?
- Porque gosto de olhar suas caras raivosas, e me divirto ainda mais quando você resmunga
- Babaca
Dou meia volta e fecho a porta com raiva, fazendo um som horrível na sala silenciosa. Mostro o dedo do meio ao mesmo tempo dizendo em voz alta para ele escutar
- Veja isso pelas câmeras
Ouço a risada rouca dele do outro lado e pego minha bolsa saindo do escritório. E é só quando entro no elevador que vejo o meu pequeno sorriso sendo refletido pelos espelhos.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Uma Secretária (Im) Perfeita
Lindo livro amei e recomendo!...
Uma estória leve e envolvente. Parabéns 👏...