Unindo Mamãe e Papai romance Capítulo 41

A mulher entrou na cozinha e viu Lacie e Edward. Lacie sorriu para ela. "Bom dia, Caitlin."

"Bom dia."

Caitlin pegou uma xícara limpa e estava prestes a enchê-la de água. Lacie se apressou em dizer: "Essa é a água da noite passada. Não faz bem pra saúde. Vou pegar um pouco de água recém-fervida pra você".

Caitlin ficou lisonjeada. "Obrigada."

Depois de encher a xícara com água quente, a mulher ia sair da cozinha. Porém, de repente, alguém a empurrou por trás, e ela acabou derramando a água nas mãos de Edward.

"Ai! Que dor!"

Edward berrou após ser escaldado pela água fervida.

Fletcher, que estava tomando café da manhã, franziu a testa e foi correndo até a cozinha quando ouviu o grito de Edward. "O que aconteceu?"

Assim que o homem entrou, ele viu a xícara vazia na mão de Caitlin. O objeto ainda fumegava.

Lacie pegou Edward no colo e colocou a queimadura dele debaixo da água corrente. Furiosa, ela disse: "Caitlin, eu sei que você não gosta de mim, mas o Edward tem só cinco anos. Como você pôde ser tão cruel? A água tava fervendo!"

Caitlin ficou ali parada, em choque. Antes que ela pudesse entender o que havia acontecido, a mulher começou a repreendê-la.

Os olhos de Lacie estavam marejados de lágrimas, e ela pediu ajuda ao homem: "Fletcher, por favor, leva o Edward pro hospital. O machucado dele precisa ser tratado o quanto antes".

O homem fixou os olhos negros em Caitlin, que estava imóvel. Ela mordeu o lábio, olhou nos olhos dele e tentou se explicar: "Fletcher, eu..."

Mas o homem já havia se virado. Ele pegou uma bolsa de gelo da geladeira e colocou-a nas costas das mãos de Edward. Então, disse com calma: "Vou te levar ao hospital".

Fletcher e Lacie saíram com pressa carregando o menino.

Como era de se esperar, o homem nem quis ouvir a explicação dela. Ele ficou do lado de Lacie sem pensar duas vezes.

Caitlin se sentiu um pouco magoada.

Lacie havia acabado de empurrá-la de propósito para que ela derramasse a água na mão da criança.

Como mãe, a mulher era muito cruel. A fim de impedir que ela e Fletcher se aproximassem, Lacie estava disposta até mesmo a machucar o próprio filho.

Caitlin respirou fundo e limpou com um pano a água do chão. Então, ouviu a voz de uma menina vindo do andar de cima.

"Papai! Pai! Caitlin? Caitlin! Cadê vocês?"

A mulher saiu da cozinha e viu Andie descendo devagar as escadas. A menininha estava usando chinelos amarelos e segurava o corrimão.

Com medo de que ela caísse, Caitlin se aproximou com pressa e pegou a mãozinha dela. "Andie, vamos escovar os dentes, aí depois a gente toma café da manhã. Pode ser?"

A garotinha assentiu e olhou para a sala de estar, que estava vazia. Ela franziu a testa e perguntou: "Caitlin, cadê o meu pai?"

"O seu pai... levou o seu irmão pro hospital."

"O meu irmão tá doente?"

Caitlin balançou a cabeça. "De manhã, ele se machucou com a água fervida. Foi tudo culpa minha."

Se ela tivesse desconfiado das intenções de Lacie, Edward não teria se escaldado.

Andie olhou para ela e perguntou: "Ele se machucou muito?"

"Acho que não. Mas talvez ele não consiga colocar as mãos na água por um tempo."

Quando elas chegaram ao andar de baixo, a menininha pediu: "Caitlin, se agacha?"

A mulher ficou intrigada, mas ainda obedeceu. A criança acariciou a cabeça dela e disse como se fosse uma adulta: "Eu sei que você não machucou o meu irmão de propósito. Não fica triste".

Agora, ela ainda iria trabalhar no Grupo Baker. Hunf, Lacie com certeza a faria ir embora de lá!

E daí se Fletcher desconfiasse dela? Pelo menos, na cozinha, ele ficou do lado dela.

……

Fletcher e Lacie foram para o hospital. Bryan não estava em casa nos últimos dias, então Caitlin ficou responsável por levar Andie para a escola.

Depois de deixá-la ali, a mulher olhou para o relógio. Seria difícil conseguir um táxi a essa hora.

Era só o primeiro dia, mas parecia que ela iria se atrasar.

No momento em que tentava desesperadamente chamar um táxi, um Porsche familiar estacionou na frente dela. Ela ficou encantada.

"Michael? Por que você tá aqui?"

O homem ergueu a sobrancelha para ela. "A gente tem uma conexão! Entra no carro!"

Caitlin obedeceu de imediato. Enquanto colocava o cinto de segurança, ela disse com alívio: "Que bom que você apareceu, senão eu iria me atrasar. Mas por que você tá aqui?"

Michael deu um sorriso misterioso. "Vou trabalhar no Grupo Baker. Aí, te vi você quando passei por aqui."

Fazia sentido...

"Por que você não foi trabalhar pro seu pai?"

"Por causa de você, é claro", pensou Michael.

Mas não foi o que ele disse. "Não tem nenhum emprego no Grupo Harrison pra minha especialização. Eu tive que implorar pro meu pai conversar com o tio pra eu conseguir um emprego no departamento de design do Grupo Baker."

Michael havia prometido ao pai, David, que, se ele não fizesse nenhum progresso como artista em um ano, teria que ajudá-lo a administrar o Grupo Harrison.