Unindo Mamãe e Papai romance Capítulo 89

"Fora daqui!"

Fletcher franziu a testa ao repetir a ordem.

Caitlin colocou o prato sobre a escrivaninha. "Se você comer a comida, eu saio. Senão, como vou explicar pra Andie?"

Ele não se mexeu. A mulher continuou paciente e perguntou com uma certa hesitação: "Você ainda tá com raiva? Ok, posso fazer o seguinte: sei que você queria que alguém falasse pro seu pai sobre a Lacie. Quando ele ficar melhor, vou contar tudo".

O homem olhou para ela com frieza. "Vai contar tudo o quê?"

"Vou contar que o nosso casamento é de mentira. Sei que você quis ficar comigo porque..."

Antes que ela pudesse terminar a frase, Fletcher agarrou o pulso dela e puxou-a para perto. Caitlin caiu sentada no colo dele e ficou corada: "O-o que você tá fazendo?"

O homem deu um sorriso de escárnio e a encarou com os olhos negros. "Já que o nosso casamento é de mentira, por que você ainda quer dormir comigo?"

“.......”

Foi ele quem a seduziu primeiro!

"V-você não precisa se responsabilizar por mim."

A mulher estava flertando com a morte. Como ela ousava dizer algo do tipo!

Fletcher não sabia se era porque estava com raiva ou porque passou os últimos dois dias com o pai no hospital, comendo em horários irregulares, mas o estômago dele começou a doer um pouco.

Assim que Caitlin ergueu os olhos, ela percebeu que o rosto de Fletcher estava pálido. A mulher colocou a mãozinha na testa dele. "Você não tá se sentindo bem?"

Ele olhou feio para ela e disse: "O que foi? Tá com dó?"

Caitlin lembrou que Andie disse que ele sentia dor quando estava com fome. Ou seja, talvez Fletcher estivesse com dor de estômago. Ela colocou a mão na barriga dele e perguntou: "Tá doendo?"

Ela começou a se mexer no colo do homem. O estômago dele doía, e ele estava de mau humor. Fletcher acabou ficando ainda mais irritado. Ele a segurou, aproximou-se do ouvido dela e avisou com a voz grossa: "Não se mexe!"

O homem a estava segurando com força. Como ele estava com dor de estômago, ela o deixou abraçá-la por um tempo. No final, Caitlin acariciou a barriga dele. "Tá doendo muito? Tem remédio em casa?"

Fletcher não respondeu. Caitlin não podia ficar parada enquanto ele estava sentindo dor. Ela voltou a se mexer. "E-ei, me coloca no chão. Eu pego o remédio pra você."

O homem não a soltou. "Não tem remédio em casa."

O que ela deveria fazer para ajudá-lo?

Caitlin lembrou de vários potes com aloe vera na sacada, e teve uma ideia de repente. A mulher sorriu para ele e pediu: "Pera um pouco que eu já volto".

Ela desceu do colo dele e saiu a passos rápidos do escritório.

Quando voltou, trouxe consigo um copo d'água.

Caitlin entregou o copo com "água" para Fletcher. "Bebe, vai ajudar com a dor."

Ela usou o mesmo tom que usaria para persuadir Andie, uma criança, a fazer algo.

Ele não sentiria mais dor depois de beber água?

Mesmo assim, Fletcher ainda pegou o copo. Depois de tomar um só gole, ele parou e franziu a testa.

A água estava gelada.

Essa mulher pensou que não era o suficiente que ele estivesse com dor de barriga, então lhe deu um copo de água fria para beber?

Ela estava tentando se vingar dele por alguma coisa?

".........."

"Por que você tá me olhando desse jeito? Não quero te fazer mal. Bebe logo. Prometo que você não vai sentir mais dor, assim que terminar de beber. É um método muito eficaz."

Por alguma razão, Fletcher quis acreditar nesse absurdo e bebeu a água fria de uma só vez.

Caitlin ficou de bom humor e olhou para ele. "Descansa aqui um pouco, e eu vou cozinhar um mingau pra você."

Depois de um tempo, quando Caitlin subiu de novo, o rosto de Fletcher estava bem melhor. Ele não estava tão pálido quanto antes e parecia ter recuperado um pouco de cor.

"Tá melhor? Falei que ia ser bom."

Por que ela o machucaria? Levando em conta a personalidade de Fletcher, ele a esfolaria viva se a mulher fizesse isso.

"O que foi que você me deu?"

Caitlin sempre achava que Fletcher estava tramando contra ela!

Do lado de fora da porta, os dois ouviram a voz de Andie: "Papai!"

Caitlin aproveitou a oportunidade para fugir e saiu de cima do colo de Fletcher. Nesse momento, a criança abriu a porta do escritório

"Pai! Você ainda tá com dor?"

Ela foi correndo abraçar o pai. Fletcher acariciou os cabelos dela e disse: "Não tá doendo mais. Andie, não se preocupa com o papai".

"Pai, você tem que comer direito todo dia pra não passar mal. Você sempre fala pra eu comer direito, então tem que fazer a mesma coisa! Como vai me proteger se não estiver bem?"

Fletcher levantou a mão e beliscou o narizinho da filha. "Você tem razão."

Ao ver os dois se dando bem, Caitlin ficou comovida por um momento. Lembrando-se dos lindos momentos que passou com o próprio pai, ela ficou com vontade de chorar.

Depois que Andie saiu do escritório, Fletcher entregou uma pilha de revistas de carros para Caitlin.

Havia arrogância no olhar dele. "Escolhe um."

"Por quê?"

Não era óbvio? Qual era o motivo dessa pergunta?

Fletcher franziu um pouco a testa. "Escolhe um que você goste."

Caitlin balançou a cabeça e recusou: "Deixa pra lá. Um carro é caro demais, e você já me devolveu a mansão da família Owen. Te agradeço, de verdade, mas prefiro comprar sozinha".

Por que ela aceitou o carro de Eduardo, mas não o dele?

O homem perguntou com frieza: "Onde você vai arrumar o dinheiro?"

"Esqueci de dizer que posso participar da competição na empresa. Se eu conseguir o prêmio, vou poder comprar um carro."

Assim que ouviu falar da competição do animê, Fletcher franziu a testa e perguntou: "Quem deixou você participar dela?"

Caitlin ficou atordoada. "Eu... Por que não posso participar do concurso?"