Vanessa romance Capítulo 42

MIGUEL PRADO

__ Sua Mulher teve uma forte crise de pânico!

Converso com o médico responsável por Vanessa.

__ o que causou essa crise?

Pergunto verdadeiramente preocupado.

__ não tenho como falar ao certo, uma crise de pânico pode surgir do nada sem um motivo aparente ou por algum gatilho, uma situação de medo extremo, morte, desespero, a crise tem intensidades diferentes e a da Senhora Vanessa foi bem forte pois geralmente uma crise dura entre 10 a 30 minutos, a dela durou um pouco mais e foi preciso usar um calmante de ação rápida para interromper a crise.

Isso tudo é muito confuso para mim, a crise de Vanessa se desencadeou quando aquele homem entrou no quarto, o que será que ele fez para ela que a deixou nesse estado de tanto desespero?

__ Agora está tudo bem com ela?

__ está sim, ela está dormindo devido o efeito do calmante mas logo vai acordar, aconselho a ficar de olho nela e ver se terá novas crises!

__ se isso acontecer o que devo fazer.

__ a trazer ao hospital e se as crises se tornarem constante ela terá que iniciar um tratamento com bases de remédios.

Isso está fora de cogitação, não vou deixar Vanessa se entupir de remédios que vai deixá-la mais doente ainda.

__ Eu vou cuidar dela Doutor, creio que não será necessário tudo isso.

__ Tudo bem, preste atenção nela, pacientes com crise de pânico tem uma possibilidade alta de ter depressão e esses números dobram se são mulheres.

Que merda o Médico está falando? A vanessa não tem nada dessas merdas que ele falou, me levanto e agradeço.

Entro no quarto da Senhorita de Paula ainda adormecida e isso está me deixando nervoso pra caralho, porque ela está demorando tanto a acordar?

Ela precisa me falar o que aconteceu, eu preciso saber!

Olho seu rosto ainda de menina adormecido e admiro sua beleza e juventude, passo meu dedo em seu narizinho lindamente arrebitado.

__ Acorda Narizinho empinado, acorda estou com saudades da sua língua esperta!

Como se me ouvi-se vejo suas pálpebras se mexendo, então num passe de mágica seus olhos se abrem e meu sorriso também, sinto um alívio do caralho!

__ Olá bebê!

__ Você está aqui!

Ela fala com a voz fraquinha e baixa.

__ sim eu estou e não fui a lugar algum!

Ela abre um pequeno sorriso e isso mexe comigo, me sinto bem por saber que está feliz por me ver aqui.

__ Água...

Vanessa pede água e eu a sirvo, pego a jarra de vidro que tem no quarto e encho o copo, ela toma uma boa quantidade com ajuda de um canudinho.

__ Obrigada por cuidar de mim!

Ela parece desconcertada ao falar isso, seguro sua mão e dou um beijo firme e demorado.

__ Não agradeça por isso bebê, sou seu namorado ou não?

Pergunto dando uma piscainha e fazendo valer pela primeira vez o papel de namorado e espantosamente me sinto bem.

__ agora preciso chamar o médico informar que a bela adormecida despertou!

Me levanto indo até a saída.

__ Miguel e tia Lurdes?

__ Ainda está em cirurgia, fique tranquila bebê é normal, a cirurgia pode dura até 12h.

__ Eu sei, só pensei que já tivesse alguma notícia,

__ Ainda não, só fique tranquila bebê, não quero você nervosa novamente, Tia Lurdes vai sobreviver e até ultrapassar a estimativa de 5 anos de vida, a velha é dura na queda. (Um transplantado tem expectativa de vida de 5 anos após a cirurgia).

Saio da sala e vou em direção a sala do Médico.

Vanessa de Paula

Ainda me sinto um pouco lenta, mas o formigamento nas mão não sinto mais, o médico me examina.

__ Como está se sentido Senhora Vanessa?

__ Senhorita doutor, estou me sentindo um pouquinho tonta!

__ A língua ao menos já esta boa, pois está afiada como sempre!

Ouço Miguel resmungar.

__ Isso é normal, logo essa tontura vai passar e vai estar nova em folha!

Ele me passa algumas recomendações e informa que em até duas horas vem me ver e se tudo der certo assinará minha alta e assim sai da sala.

Me sento na cama e já me sinto um pouco melhor, Miguel me olha atentamente.

__ Como se sente bebê!

__ Bem melhor, o remédio me ajudou e ...

__ Não perguntei isso, deixa eu reformular a pergunta!

Ele me olha profundamente e me pergunta.

__ Como está sua cabecinha o que te deixou assim?

Ele se aproxima me deixando cada vez mais frágil, seus olhos sem deixarem os meus, até que para na minha frente e se senta em minha cama, suas mãos envolvem as minhas e ele volta a perguntar.

__ O que aquele homem te fez Vanessa?

Só menção do maldito me causa calafrios, então não foi um pesadelo, ele esteve aqui, Foi real!

Miguel parece sentir meus medos pois solta minha mão e me envolve num abraço protetor, deito minha cabeça em seu peito me sentindo tão cansada, que me entrego a tudo isso que ele me oferece.

__ que Homem?

Pergunto tentando fugir de tudo que me causa dor.

__ Vanessa não aja como se eu fosse burro!

Miguel fala e é tão nítido o esforço que faz para manter o controle.

__ Eu vi como você ficou assim que seu tio entrou no quarto!

__ Ele não é meu tio...

Falo já sentindo o ar me faltar nos pulmões.

__ Vanessa eu quero te ajudar mas pra isso você precisa deixar, precisa me contar, me fala Vanessa!

Um soluço escapa da minha garganta e lágrimas grossas banham meu corpo.

__ estou tão cansada...

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