HELENA
Qual seria o pior dia do mundo de uma garota de 20 anos? E isso que me pergunto sentada na escada imaginando como é difícil segurar essa barra. Ainda me lembro quando era apenas uma garota de 8 anos e vir a minha mãe sendo morta por um maníaco, ali foi um dos piores dias da minha vida. Eu lembro como ela usou o seu corpo como escudo para me proteger dos tiros. Naquele momento me perguntaram qual era o tamanho da minha dor e eu disse que não conseguia medir, pois era muito mais forte e insuportável do que imaginei. Pedir tanto a Deus para nunca mais passar por isso na minha vida e cá estou eu sofrendo a dor da perda mais uma vez. Sim hoje é mais um dia daqueles no qual o meu querido e bondoso pai perdeu a sua vida e agora posso dizer literalmente que sou órfão de pai e mãe.
Olhando para o céu tento me conectar com Deus e perguntar o que será de mim neste mundo sem ninguém da minha família por perto. Será que a minha madrasta que nunca gostou de mim está desposta a me ajudar? Ela sempre fingiu ser uma boa mãe para mim quando o meu pai estava por perto, porem quando ele me dava as costas ela só me humilhava e dizia que meu fim estava próximo e o pior é que ela era casada com meu pai e como viúva dele a mesma é a herdeira principal dos bens.
O que mais me chamou atenção na minha madrasta foi a frieza com que agiu no enterro do meu pai. Parecia que não se importava com a morte dele, o pior é saber que ele enfartou na frente dela e ela não se abalou com isso. Estava tão distraída que nem conseguir percebe os passos da minha madrasta.
*** Ou menina... O que você faz sentada nessa escada ainda.
Helena: Estou pensando na vida Julia
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Vendida ao dono do Morro
Livro bom mas não termina... para no 83....