Vínculo com Torturadores romance Capítulo 7

O dia realmente correu bastante suavemente, eu não tive nenhum desentendimento com Thea e sua turma. Eu não sabia se isso era por causa da demonstração desta manhã no treinamento ou pelo novo amigo que parecia ter adquirido. Ninguém falava comigo ou realmente olhava para mim, mas também ninguém tentava ativamente fazer nada contra mim. De qualquer forma, a pausa foi boa e eu me peguei sorrindo enquanto andava pelo corredor para colocar as minhas coisas no meu armário no final do dia. Claro que coisas boas duram apenas pequenos momentos para mim.

“Você acha que é tão durona, sendo a puxa-saco favorita do Delta Nico. Aposto que isso não é a única coisa que você suga, é a única explicação para como você consegue chamar a atenção dele.” Eu ignoro Thea mesmo estando completamente enojada pela insinuação dela. Respiro fundo e continuo mexendo as coisas no meu armário, esperando que ela se entedie e vá embora, agora que jogou seu insulto. Ela bate a porta do meu armário. Ainda bem que meus reflexos são rápidos, se não teria perdido os dedos.

Mas, antes que ela consiga cuspir todo o veneno que tem sobre mim, Capri surge. “Ei, garota, estou com tanta fome e você prometeu sair comigo depois da escola.” Capri ignora completamente a presença de Thea e eu vejo o olhar mortal que Thea lança para ela. Tive que sufocar uma risada.

“Eu quase esqueci, desculpe, eu estava tentando ter certeza de que tinha tudo que precisava para fazer meu trabalho neste fim de semana.” Eu dou as costas para Thea e nós damos uns dois passos antes dela gritar.

“Ei, garota nova, é melhor você se atentar com quem sai. Algumas pessoas nesta escola vão te dar má reputação e só causar problemas.” Nós duas olhamos para ela.

“Obrigada pela dica.” Capri engancha o braço no meu e começa a nos virar novamente.

Ouço o estalido dos saltos se aproximando. “Escute aqui, sua pequena... Oi, pessoal!” A voz de Thea passa de veneno para chiclete em um instante e percebo que ela está olhando por cima dos nossos ombros.

Um murmúrio aborrecido geral de 'oi' vem do grupo de rapazes que caminha em nossa direção. Sério? Eu só quero derreter em uma parede.

“Caramba, eles são ainda mais bonitos de perto.” Capri diz baixinho para mim, nos virando para encarar meu irmão e seus amigos enquanto eles caminham em nossa direção. Eu apenas reviro os olhos para ela. Eles nunca se aproximaram de mim na escola antes, jamais. Então, só posso supor que estão aqui pela bela amiga morena que adquiri hoje.

Não posso negar que esses caras são lindos e, infelizmente, todos eles sabem disso também. Meu irmão, Steven, e eu somos quase idênticos, com cabelos loiros acinzentados e olhos azuis cinza, herdamos a maioria das nossas características da nossa mãe. A única diferença é que ele tem o físico igual ao do nosso pai, largo nos ombros e estreito na cintura. Ele mantém seu cabelo militarmente curto dos lados e na parte de trás e mais longo no topo. Parece que ele passou os dedos por ele algumas vezes para fazê-lo ficar para cima, mas de alguma forma o visual funciona para ele.

O futuro Delta, Kyrie, é filho de Nico. E ele parece ter saído de um anúncio de surfe da Hurley com cabelos loiros acinzentados ondulados que caem pouco abaixo das orelhas, olhos azuis escuros e músculos esguios. Ele é alto, mas não tão largo quanto os outros rapazes, mas não é menos musculoso e um dos guerreiros mais rápidos que já vi.

Rafael respira fundo lentamente e dá um passo quase imperceptível para trás quando seu irmão gêmeo entra na conversa. “Não, tenho certeza de que Kyrie é ruim e precisa começar do básico novamente. Talvez devêssemos mandá-lo treinar com os filhotes por uma semana.” Tatum ri e meu irmão se junta a ele desta vez. Capri e eu também rimos. Eu não posso evitar, as risadas deles são contagiantes. Esta é a primeira vez em muito tempo que me sinto à vontade com meu irmão e seus amigos e, provavelmente, a primeira vez em um ambiente público como a escola. Desvio o olhar e olho para o lado, tomando algumas respirações profundas para me acalmar. Olho novamente para meu irmão. Um olhar meio dolorido passa pelos olhos dele que não consigo interpretar, será que ele não quer conversar comigo? A ideia de que ele não me quer me machuca mais do que deveria, já que é realmente a única emoção sólida que recebo dele. Mas meu coração afunda no meu estômago. Rapidamente desvio o olhar e observo o chão novamente. Não quero ganhar mais tapas por um estranho fetiche pelo meu irmão.

"Por mais que eu goste de zombar do seu menino Kyrie aqui." Ela dá um tapinha no braço de Kyrie. “Leilani me prometeu algo para comer, estávamos saindo para almoçar se vocês nos derem licença, senhores.” Capri basicamente nos empurra pela parede de rapazes altos de metro e oitenta como se não fosse nada e me leva até o estacionamento do campo de treinamento onde ela deixou o carro dela esta manhã. Ouço um resmungo atrás de nós, mas não tenho certeza de quem é e não posso esperar para sair daqui o mais rápido possível.

“Como você já tem um carro?” Pergunto, sabendo que ela ainda não tem 16 anos.

"Consegui minha carteira de motorista antecipadamente, com permissão especial do Alfa, é claro." ela pisca para mim. "Meus pais estavam sempre tão ocupados pesquisando e trabalhando para o Rei Alfa que eu precisava de um meio de transporte. Desde que eu não dê voltas por aí ou faça qualquer outra coisa estúpida atrás do volante, posso manter minha habilitação.” Ela dá de ombros como se isso fosse uma coisa totalmente normal. Tenho a sensação de que ela consegue convencer qualquer um a fazer quase qualquer coisa sem precisar se esforçar muito.

"Ei!" Uma voz por trás de nós faz com que ambas nos viremos logo antes de entrarmos no carro dela. “Quase esqueci, vocês vão à fogueira esta noite?” Kyrie vem correndo até nós.