Vingança servida a frio romance Capítulo 119

“Onde está o gerente? Eu quero falar com o gerente!”

“Estamos gastando muito dinheiro para aproveitar um serviço de qualidade aqui. Não viemos para nos misturar com um caipira!” Isabelly disse com desdém.

Ela e seu marido nunca se deram bem com a família de Camille. Após o fiasco no Hotel Yunjing, a ruptura entre as duas famílias apenas se aprofundou.

Não fosse por seu primo, ela jamais teria considerando organizar o banquete. E se ela não tivesse organizado o banquete, ela e o marido não teriam sido humilhados diante de toda a família.

No momento eles não podiam fazer nada contra Camille, mas seria fácil lidar com o marido inútil dela. E como a oportunidade acabara de se apresentar, Isabelly queria encurralá-lo.

Logo um gerente corpulento vestindo um terno surgiu no refeitório. E parecia que ele conhecia Fred, porque o cumprimentou com respeito.

“Ai, meu Deus, é o Mestre Chu. Que honra.”

“Hunf, você ainda nos considera convidados importantes?” Fred bufou. Era óbvio que ele estava descontente. “Há tantos Cafés em Yunzhou, Sr. Hu, mas continuo vindo ao seu. Sabe por quê? Porque seu estabelecimento tem classe sendo adequado para alguém da minha posição. Só que um caipira entrou escondido neste local de alto padrão. E assim como o joio e o trigo, essa pessoa estragou o padrão de seu Café. Sr. Hu, está tentando arruinar sua marca ao deixar essa gentalha entrar aqui?” Fred disse com severidade.

O gerente ficou pálido quando o ouviu. Como era um estabelecimento de alto padrão, o, Belle’s Café levava muito a sério o nome de sua marca. Porque perder o prestígio da sua marca significaria também perder sua vantagem competitiva. Por isso o gerente, em pânico, se apressou em pedir desculpas para Fred.

“Jovem Mestre Chu, por favor não fique irritado. Vão mandá-lo sair agora mesmo.”

“Então, mexa-se! Agora!” Fred gritou.

Conforme o gerente se apressou, tanto Fred quanto Isabelly olharam com presunção para Frank.

Quando chegou à mesa de Frank, perguntou a este com frieza: “Você é um membro aqui?”

O Belle’s Café tinha um sistema de filiação. Para manter seu status de elite, eles abriam suas portas apenas para membros. Por isso, o gerente perguntou a Frank, antes de mais nada, se ele era um membro.

Frank agitou a cabeça e disse: “Esta é minha primeira vez aqui. Não sou membro.”

Tal como esperado!

Diante do que ouviu, o gerente não teve mais escrúpulos ao lidar com Frank.

“Então, por que ainda estamos tendo essa conversa?” ele repreendeu.

“Saia daqui agora!”

“Como uma pessoa como você ousa vir num lugar como este? Se você não tem dinheiro, então não tente se exibir! Por que ainda está aqui?”, o gerente gritou com raiva.

“Fui convidado por uma amiga”, disse Frank com indiferença franzindo o cenho.

“Uma amiga? Que amiga? Uma de suas amigas pedintes?”

“Pare de fazer piadas, seu caipira. Você é só um sujeito do interior. Acha que vamos acreditar que você tem uma amiga rica o suficiente para ser cliente regular de nosso Café?”

“Saia daqui agora!” Isabelly sorriu com escárnio. O nojo e o desdém em seus olhos eram evidentes quando ela olhou para Frank. Ela achava que estar no mesmo lugar que alguém como ele era um grave insulto.

“Sai.”

“Vai embora! Você é desagradável!” Fred gritou com raiva.

O gerente também se juntou à humilhação e insistiu que Frank se retirasse. A essa altura os demais clientes já haviam notado a comoção. Eles se encheram de repulsa quando viram o rapaz mal vestido sentado no meio deles.

“Hoje em dia esses babacas estão mais corajosos. Têm até a audácia de tentar se misturas com pessoas da alta sociedade como nós.”

“Ele deveria ser olhar bem no espelho.”

Risadas zombeteiras ecoaram entre os espectadores no Café. Enquanto olhavam com pena para Frank, era possível ver sorrisos debochados dançando nos lábios deles.

Isabelly e Fred também sorriam com desdém. Eles se sentiam bastante satisfeitos consigo mesmos.

“Frank, esta é a diferença entre você e nós. Um perdedor como você deveria estar rastejando pelas ruas. Você não é digno o suficiente para entrar neste lugar.”

Mas mesmo enquanto os clientes do Café tiravam sarro e o humilhavam, a figura esguia de Frank permaneceu sentado sozinho à mesa. Seus olhos estavam abatidos e ninguém sabia o que se passava por sua cabeça.

“Por que você ainda está aqui?”

“Você realmente quer que nós o expulsemos?”

O quê?