Vingança servida a frio romance Capítulo 124

Quando o presente que ela havia comprado para sua mãe caiu no chão e se despedaçou, Ester sentiu o próprio coração se despedaçar.

Ninguém entenderia a dor angustiante que ela sentia agora.

As lágrimas começaram a fluir quase que de imediato. Ela correu, se agachou no chão e embalou os pedaços quebrados em suas mãos. As lágrimas não paravam, embora ela não conseguisse mais ver o que estava na sua frente. Ela parecia tão desamparada enquanto soluçava triste sobre os restos de seu sonho.

Mas o Sr. Wallace não mostrou nenhum sinal de piedade e continuou a zombar dela.

“Isso foi para te dar uma lição. Lembre-se de tomar mais cuidado quando estiver carregando uma bandeja!”

O gerente de meia-idade olhou com desdém para a garota chorando ajoelhada e riu com frieza. Ele se virou para sair.

“Sr. Wallace, como pode tratar uma menina inexperiente desse jeito? Não está passando dos limites?”

Uma voz gélida soou com suavidade à sua frente.

O Sr. Wallace franziu a testa. Ele achou que alguém importante ia se intrometer e pensou em como responder, mas quando olhou para cima, viu Frank caminho em sua direção enquanto trazia várias garrafas de cerveja, que obviamente eram para os clientes.

O Sr. Wallace começou a rir. “Ah, eu pensei que fosse um figurão, mas você é só um tolo imprudente. Você é só um serviçal, então faça sua parte. Sou seu superior, sabia? Como ousa interferir nos meus negócios? Você é corajoso! Volte ao seu trabalho agora! Se me irritar, te coloco na rua!”, o Sr. Wallace atacou irritado.

Ele já estava de mau-humor devido à recusa de Ester, mas agora outro funcionário agia desafiadoramente contra ele.

Ele se comportava como um tirano desde que foi encarregado de gerir aquele restaurante, então ele não iria aguentar a insolência de um par de serviçais.

“Sr. Chu, estou bem. Já estou acostumada. Sou só uma garota insignificante. É inútil defender alguém como eu. Além disso, a culpa é toda minha. Não fiz meu trabalho direito e insultei alguém”, Ester soluçava enquanto as lágrimas escorriam por seu rosto.

Ela ainda tentava impedir Frank de ajudar, embora seus olhos já estivessem embaçados com as lágrimas. Ela não queria que ele se desentendesse com os outros por causa dela.

Ester continuou colocando a culpa em si mesma. Ela disse que a responsabilidade era dela, e que não havia mais nenhum culpado além dela, e pediu a Frank para não brigar com os outros por ela.

Ela entendia a própria insignificância. Ela era apenas uma ninguém do interior. Aos olhos daqueles poderosos, ela era tão insignificante quanto um grão de areia.

Devido a suas raízes, desde a infância, Ester sempre foi alvo de zombaria e vexação.

Ela já estava acostumada a ser obediente e a suportar o peso da humilhação.

Ela não tinha valor. Frank não devia defender alguém como ela.

Ele, por sua vez, ignorou as súplicas de Ester. Ele continuou seguindo em frente e, aos poucos, se aproximou do gerente.

“Sr. Wallace, acha que não vimos o que aconteceu agora? Foi você quem esbarrou em Ester, mas a acusou de não olhar para onde ela estava indo. Além disso, ainda que fosse culpa dela, podia tê-la repreendido ou até mesmo tê-la feito compensar o restaurante. Mas por que quebrou a pulseira dela? Tem ideia do que acabou de destruir? Era o presente que ela havia comprado para a mãe dela, uma prova de sua devoção como filha. A fim de conseguir dinheiro para comprar esta pulseira, ela trabalha em dois empregos. Ela tem se esforçado dia após dia nos últimos três meses. E você quebrou cem dias de trabalho árduo em pedacinhos”, Frank falou com ar de indiferença, um sorriso dançava em seus lábios. Mas quem iria saber quanta fúria e ameaça estavam escondidas sob aquele sorriso?

“Ah, sim, quase me esqueci. Você é o gerente. O maioral. A sua posição é muito superior à nossa. Então como poderia sequer entender as dificuldades de pessoas pobres como nós? Provavelmente nem entende nada do que eu disse. Não, você nem está interessado em saber.”

“Isso mesmo! Para pessoas como vocês sou o maioral! Não podem se dar ao luxo de me ofenderem. Sim, eu quebrei a pulseira. Mas e daí? Mesmo que eu a tivesse jogado e amassado, o que perdedores como vocês por acaso podem fazer comigo? Coloque-se no seu lugar e saia daqui agora. Caso contrário, cuidarei de você também.” O Sr. Wallace ficou furioso. Como um serviçal se atrevia a criticá-lo em público? Aquilo parecia um motim!

“Acha que não consigo lidar com pessoas como você?”, o Sr. Wallace o repreendeu.

A expressão de Frank era impiedosa.

“Já que você insiste em se comportar assim, então não há mais nada a dizer.”

O Sr. se assustou com o que ouviu e gritou irritado: “Hã? O que você fará? Desgraçado! Vai me bater?”

Frank respondeu com um sorriso sinistro: “É, eu vou.”

O quê?

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