Virei Seus Olhos Neste Mundo Sujo romance Capítulo 114

Eduardo era o típico valentão que só imponha respeito dentro de casa. Diante de estranhos, não tinha coragem nem de soltar um pum.

"O senhor não tem noção da situação em casa, temos um irmão mais velho esperando para se casar, um irmão mais novo que precisa estudar, e isso tudo custa dinheiro, não é? Nós cuidamos dela até agora, ela casar logo e ajudar em casa não é o mínimo que se espera?"

Uma jovem professora de óculos cruzou os braços e perguntou: "Com quem vocês querem que ela se case? Não me digam que é com aquele velho manco?"

Eduardo, com todo o descaramento, respondeu: "Ele é mais velho, sim, mas é uma pessoa de bom coração. Dionísia não estaria em desvantagem casando-se com ele."

A professora, por dentro, xingou "Velho nojento", e com sarcasmo disse: "Se você acha ele tão bom, por que não casa você mesmo com ele? Por que tem que sacrificar sua filha?"

Vitória e Juliana, ouvindo isso, levantaram os polegares em sinal de aprovação, sentindo uma profunda satisfação.

As professoras da escola realmente tinham mais senso do que essas pessoas ignorantes e maldosas.

Ajustando seus óculos, a professora continuou: "Vocês dois são saudáveis, têm um filho mais velho, poderiam muito bem trabalhar duro para se sustentar. Por que sacrificar Dionísia? Ela é uma criança muito esperta. Se não puderem pagar a escola, eu, como professora, estou disposta a cobrir todos os custos! Se vocês continuarem a incomodá-la, eu chamo a polícia e faço vocês pagarem!"

Eduardo olhou para ela com ódio. "Com que direito você nos ameaça?"

"Vocês estão vendendo sua filha por um dote, como não posso chamar a polícia?"

A família Campos e o velho manco silenciaram.

Eduardo teve um momento de culpa e baixou a cabeça em confusão.

Não podiam chamar a polícia, se aquele segredo fosse descoberto... sua família estaria arruinada.

"A escola é um lugar de aprendizado, não um lugar para vocês causarem confusão. Se ousarem perturbar novamente, a equipe de segurança os levará direto para a delegacia!"

"Sim!"

Ao puxá-la, tocou justamente na ferida, fazendo-a gritar de dor e desmaiar.

...

A entrada estava um caos, e Dionísia ainda não sabia de nada.

Ela agradeceu à professora que a defendeu, "Obrigada por falar em meu nome, professora."

"Não precisa agradecer, estou apenas cumprindo um pedido. Meu nome é Alice Lopes, você pode me chamar de Profa. Lopes, ou irmã Alice."

Cumprindo um pedido?

Dionísia, confusa, perguntou: "Profa. Lopes, quem é a pessoa que me ajudou?"