Virei Seus Olhos Neste Mundo Sujo romance Capítulo 123

Dionísia sorriu gentilmente, "Você não deseja se casar com o Sr. Pereira?"

Cristina fez uma careta, "Não é que eu não queira me casar com ele, é que eu não quero me casar com ninguém."

Ela, descontente, apanhou uma pedra e a atirou no tanque à frente, provocando um grande respingo.

Por coincidência, molhou os pés de quem se aproximava.

Olhando de baixo para cima, Cristina viu o rosto gentil e bonito de seu irmão.

"Irmão, você chegou."

Cristina rapidamente se levantou, batendo a terra de sua roupa.

Srta. Silva, que não temia céu nem terra e que nem seus pais conseguiam controlar, tinha medo somente de seu irmão.

"Dionísia, meu irmão chegou." Cristina puxou Dionísia, sussurrando para avisá-la.

Dionísia cumprimentou-o educadamente, "Sr. Silva, como vai?"

Fábio Silva assentiu em resposta, "Srta. Campos, como vai?"

Em seguida, ele olhou para sua irmã problemática, "O que você disse agora há pouco? Que não quer se casar?"

Cristina se escondeu atrás de Dionísia, murmurando em defesa: "Eu, eu simplesmente não quero me casar."

Os olhos estreitos de Fábio se fecharam um pouco mais, observando-a calmamente.

Cristina, assustada, apressou-se em dizer: "Eu ainda sou jovem, não posso desfrutar de mais alguns anos de liberdade? Dionísia ainda não se casou, quando ela se casar, então eu me caso."

Dionísia piscou, surpresa por ter se tornado o escudo para Cristina recusar o casamento.

Mas ela já era casada.

Só que Cristina não sabia.

"Este é um casamento arranjado pelos mais velhos, não é algo que você possa recusar como deseja." Fábio, ainda vestindo sua longa túnica ao estilo chinês, virou-se elegantemente para ir embora, "Aproveite bem seus dias de liberdade agora."

Ouvindo suas últimas palavras, Cristina abraçou Dionísia, soltando um lamento.

"Meu Deus! Quem vai me salvar?"

Dionísia deu um tapinha em sua mão, sorrindo enquanto a consolava: "Não se preocupe, Cristina, talvez a situação não seja tão ruim assim."

Ela acreditava que as boas pessoas recebem boas recompensas.

Cristina, sendo uma pessoa tão boa, certamente teria uma vida próspera.

...

"Eu teria motivo para mentir? Quem se atreveria a sequestrar alguém em plena luz do dia?"

O sequestrador de Dionísia era o Ignácio Campos.

Embora Helena tivesse ligado antes, dizendo para eles não agirem por enquanto.

Mas Ignácio, como um cão selvagem farejando carne, como poderia deixar escapar vinte mil reais? Desde que levasse a irmã de volta para se casar, os vinte mil seriam dele!

Ele jamais conseguiu se destacar na vida, contando apenas com esses vinte mil para se dar bem.

Ignácio falou de maneira sinistra: "Dionísia, diga ao motorista, eu não sou seu irmão?"

Somente Dionísia sabia que, atrás dela, havia uma faca afiada encostada em seu coração.

O sangue de Dionísia quase congelou em suas veias.

Ela não ousava apostar se Ignácio, aquele louco, poderia ou não lhe fazer mal.

Ela não se arriscaria.

Dionísia estava com o rosto pálido, "Sim..."

"Veja? Ela é minha irmã de verdade, pode ficar tranquilo para dirigir, não vai acontecer nada. Se o triplo não for suficiente, eu te dou o quíntuplo da tarifa! Vá direto para Aldeia de Vieira, eu a levo até a casa do marido dela e depois me vou."