Virei Seus Olhos Neste Mundo Sujo romance Capítulo 129

Saindo do hospital, Sávio e Dionísia foram passear no supermercado.

Dionísia mencionava o que queria comprar, e Sávio escolhia os itens mais caros para jogar no carrinho.

Ao chegarem na seção de brinquedos, Dionísia tocou em um coelhinho macio e ficou encantada.

“Tio, eu queria um brinquedo de pelúcia, só um, pode ser?”

Ela sempre invejava as meninas na televisão que tinham uma cama cheia de brinquedos de pelúcia, podendo abraçá-los para dormir.

Mas ela... só tinha pilhas de roupas sujas e tralhas em sua cama.

Para ela, um brinquedo de pelúcia era como um sonho de princesa inatingível. Representava o que ela nunca teve: ser tratada com carinho e sem preocupações.

Sávio perguntou: “Qual você quer?”

Dionísia começou a escolher feliz entre os brinquedos, o coelhinho era tão macio, e o ursinho também era muito bom...

Ela escolheu três dos seus favoritos, mas então ficou em dúvida.

Qual desses brinquedos ela deveria levar...

“Se gosta, pode levar todos.”

Sávio pegou os três brinquedos dos braços dela e os colocou no topo do carrinho.

Dionísia mordeu o lábio, hesitante, “Mas isso não tem muita utilidade, não é um desperdício comprar tantos?”

Afinal, ela estava acostumada a economizar.

Na visão de consumo de Dionísia, ela só poderia comprar o que era mais útil. Qualquer dinheiro gasto além disso era desperdício.

Sávio sorriu, “Te fazer feliz é a maior utilidade deles.”

…

Quando chegaram ao caixa, a quantia total deixou Dionísia boquiaberta.

Ao ouvir o preço, ela hesitou em comprar.

“Esses brinquedinhos são tão pequenos, e custam mais de mil reais cada. Vou colocar esses três brinquedos de volta…”

Dionísia, se segurando para não mostrar tristeza, agiu com sensatez.

Naquele momento em que Dionísia se aproximou, ele teve a chance de afastá-la, mas não o fez.

Nenhuma mulher havia chegado tão perto de Sávio, nem mesmo segurado sua mão, quanto mais beijar seu rosto.

E ele não esperava... que gostasse da sensação.

Os lábios suaves tocando o seu, com o cheiro de flores e o aroma único de uma jovem, era viciante.

Claro, isso se aplicava apenas a ela.

Sávio respirou fundo, como se nada tivesse acontecido, disse: “Vamos.”

“Sim.”

Dionísia, abraçando seus brinquedos, pulava feliz à frente.

Um casal jovem ao lado olhava para Dionísia com inveja.

“Aquele homem é tão bom, gastando tanto com a esposa.”

Mas o marido dela respondeu impacientemente, “Para de murmurar. Rápido, empacote esses temperos, senão será difícil carregar no ônibus. E não derrame o molho de soja, não quero manchar meu equipamento de pesca.”