Virei Seus Olhos Neste Mundo Sujo romance Capítulo 46

Não esperava que Sávio ligasse diretamente.

Isaías atendeu ao celular em um frenesi, “Primo, como você tem tempo para me ligar?”

“Controle sua língua, não revele uma palavra do que não deve.”

“Eu sei, eu não sou de falar demais.” Isaías garantiu, batendo no peito, “Mas com os boatos correndo soltos, você não teme que a cunhada ouça?”

Sávio falou friamente: “Ela não é do nosso meio. Ainda não contei a ela sobre minha posição.”

“Entendido, garanto que não direi nada.” Isaías fez um gesto de fechar o zíper na boca.

Só depois lembrou que o primo não podia vê-lo, tinha sido um gesto em vão.

Era realmente o poder de supressão que o primo exercia sobre os mais jovens que era aterrorizante. Viver na sombra de um primo tão excepcional desde pequeno, era difícil não o temer.

Entre os mais jovens, Isaías era quem mais se aproximava de Sávio, nem era preciso dizer o medo que os outros tinham dele.

Sávio tinha outra conferência internacional a participar e logo encerrou a ligação.

Isaías suspirou aliviado, estava prestes a ir para o campo de treinamento quando passou por Mara, cercada por um grupo de pessoas, e não pôde evitar mostrar uma expressão de desprezo.

“Pff, um bando de idiotas.”

Ele sabia, os prêmios e honras que Mara havia conquistado eram todos comprados com dinheiro.

Ela era uma cabeça-oca obcecada por vaidades, sempre vivendo como se fosse a noiva de Sávio, não sabendo quantas damas com intenções de se aproximar da família Queiroz ela havia reprimido e intimidado.

No círculo das famílias abastadas, todos evitavam essa caçadora de fortunas sem cérebro.

Isaías não pôde deixar de pensar naquela garota que tinha visto antes, pura, limpa, carregando uma clareza que não havia sido tocada pelo mundo secular.

Era como um cervo que saía correndo entre as árvores, ingênuo e puro.

Quando passou por um caminho escuro, de repente, um estudante alto e gordo surgiu à sua frente, olhando-a malevolamente, “Garota, finalmente te peguei.”

Dionísia tentou voltar, mas duas outras pessoas surgiram das sombras, bloqueando seu caminho.

Ela estava presa entre eles.

Dionísia sentiu um frio na espinha, pressentindo que algo ruim estava prestes a acontecer.

Segurando sua bengala firmemente, ela perguntou com a voz a mais calma possível, “Quem é você?”

Ele falou com uma voz rouca e desagradável, “Você não reconhece seu colega de classe? Sua vadia, parece ter memória curta.”

Dionísia reconheceu a voz, “Você é… Romário Correia?”

Romário a olhava com um olhar lascivo, aproximando-se passo a passo, “Sim, por sua causa, fui expulso da escola, como devo ‘agradecer’ você, hein?”