Virei Seus Olhos Neste Mundo Sujo romance Capítulo 89

Dionísia mordeu uma castanha-do-pará caramelizada, descascou-a e a entregou para Sávio.

“Tio, a primeira é sua.”

Sávio ficou surpreso por um momento, aceitando a castanha diretamente da mão dela.

“Está gostosa?” Dionísia perguntou, esperançosa.

“Sim, está boa.”

As castanhas fritas com açúcar eram doces e macias, como uma pequena chorona.

Dionísia não sabia o que ele estava pensando, então mordeu outra castanha, colocando-a em sua própria boca.

A castanha quente era doce e pegajosa, realmente deliciosa.

O olhar de Sávio caiu sobre ela sem querer.

A luz do sol filtrada pelas folhas a iluminava, fazendo-a parecer que estava brilhando. Seu rosto delicado e pálido parecia quase translúcido, seu nariz era pequeno e perfeito, e seus lábios cor de cereja estavam levemente cobertos com o pó da castanha.

Ela era adoravelmente encantadora.

De alguma forma, Sávio se lembrou do mal-entendido da vovó em sua mente.

Os anciãos não entenderam que eles tinham um filho e, se ele não conseguisse pegar a criança, não teria como explicar.

Pensando nisso, o olhar de Sávio se aprofundou.

“Você acha que eu sou bom para você?”

Dionísia inclinou a cabeça, com um sorriso inocente e puro, “Claro, tio, você é o melhor para mim.”

Ninguém nunca tinha sido tão bom para ela.

“Comprar castanhas para você, isso é ser bom?” Sávio brincou com ela.

“Não é só isso, tio. Você também me ajudou muito. Graças a sua ajuda nos estudos para a prova, consegui ir muito bem.”

Dionísia estava preocupada antes, pensando que se não passasse, poderia repetir o ano ou até ser expulsa.

Agora, com o tio, um deus da escola, ajudando-a a dar aulas particulares, todos esses problemas estavam resolvidos e não havia necessidade de se preocupar com isso.

Dionísia acabara de descascar outra castanha, mas Sávio a pegou.

“Tio, se você queria comer, era só pedir, por que precisava pegar?”

Sávio não estava interessado nas castanhas caramelizadas.

Mas ao vê-la inchada de raiva como um pequeno baiacu, ele não teve coragem de devolver a castanha.

...

Dentro de um VIP privado, Sávio sentava-se sozinho na sombra, sua figura era imponente.

Enquanto outros se entregavam à bebida e à dança, ele permanecia distante e inacessível.

Algumas das dançarinas foram ousadas o suficiente para tentar se aproximar dele.

Esse homem era diferente daqueles chefões barrigudos, só o temperamento e a aparência dele já eram superiores até às das estrelas de cinema, e estar neste lugar significava que ele era extremamente rico ou poderoso.

Sob tal aura, todos queriam tentar a sorte para ver se poderiam chamar sua atenção, quem sabe assim subir na vida.

Uma dançarina que nem conseguiu tocar na perna de Sávio ouviu uma voz fria vindo de cima.

“Saia.”

Ela olhou para cima, o rosto do homem estava parcialmente na sombra, mas seus olhos estavam cheios de frieza.

A dançarina estremeceu de medo e rapidamente se afastou.

Carlos Esteves empurrou a bela mulher em seus braços para o lado, balançando seu copo de vinho enquanto se aproximava com um sorriso malicioso.

“Sr. Queiroz, você não terá algum problema, terá? Vir a um lugar desses e não aproveitar, é quase um insulto ao dinheiro que estou gastando.”