Murilo
Pensei em mandar mensagem para a Virgínia assim que abri os olhos, no dia seguinte ao nosso encontro na boate, mas me controlei. Eu sabia que ela estava chateada por me encontrar nas condições em que aconteceu e, mesmo sabendo o quanto aquilo era errado, eu fiquei bastante arrependido por ter transado com a Lavínia do jeito que aconteceu.
Agora, no entanto, não fazia sentido ficar remoendo o que aconteceu e só me restava tentar conseguir uma forma de a Virgínia esquecer, ou ao menos, relevar, visto que nós não estávamos juntos, pelo menos não ainda, algo que eu pensava em corrigir o mais breve possível, o que ela acabou por ver na boate.
Fui para a casa da minha avó, como o fazia todos os domingos. Um dia ao lado da minha filha me faria bem e quem sabe eu conseguiria esperar até amanhã para tentar falar com a Virgínia.
— Estávamos esperando por você, Murilo. — A minha irmã fez questão de apontar.
Percebi que deveriam ter acabado de sentar à mesa de café da manhã, pois tudo ainda parecia intacto, apesar da grande variedade de comidas sobre a disposição.
— Noite movimentada, querido?
Ela estava com o cenho franzido, provavelmente por suspeitar que eu havia saído na noite anterior. Aquela era a forma de a vovó perguntar se eu havia chegado de manhã, após uma noite de farra.
— O Aquiles ainda não chegou? — Perguntei para a vovó, sem responder diretamente a sua pergunta.
— Agora consegui entender o atraso dos dois. — Ágata falou e eu tinha certeza que ela havia realmente entendido. — Você saiu com o Aquiles ontem a noite?
— Estive com ele na inauguração da boate do Arthur.
Falei, já me sentando em uma das cadeiras ao lado da vovó, que estava a cabeceira da mesa, como sempre.
— Estou faminto. — Disse, já levando um ovo cozido ao meu prato, com algumas torradas.
— Posso perceber. — Ágata falou com ironia.
— Mas isso é bom. Faz muito tempo que não o vejo com essa disposição no café da manhã. Fico feliz que tenha voltado a se divertir, estava muito focado apenas em trabalhar e isso não faz bem à saúde.
Eu preferi não contrariar as palavras da vovó, pois ela fazia questão de ter a última palavra sobre todos os assuntos e não adiantaria eu dizer estar me sentindo ótimo, pelo menos no que dizia respeito à saúde.
Também não desejava que ela entrasse em assuntos desagradáveis, como, por exemplo, minha vida amorosa, mais precisamente, a traição da Bruna.
— Irei fazer alguns exames de rotina durante a semana. A senhora não deve se preocupar, vovó.
— Você sabe quem é a mulher que o Aquiles trará para nos apresentar?
Estava levando a xícara de café à boca naquele exato instante e parei a meio caminho de concluir a ação.
— Ele trará alguém aqui? — Perguntei, a incredulidade estampada em minha frase.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Virgindade Leiloada
Linda história, e principalmente com final feliz para todos.❤️...
Linda história, apesar de achar que deveria ter tido mais um pouco de capítulos. Parabéns...
Que ridícula, não entendi a surpresa de descobrir e de sentir mau por ele ser rico ,se ele pagou 500 mil pra tirar a virgindade dela. Qual pobre tem esse dinheiro sobrando? Ela é burra ou idiota pra pensar isso? Está querendo chamar atenção agora....
Quando vai lança a história do Ethan e Mariana,já estou ansiosa para lê essa história deles....
Bom livro.ja tem história da Mariana e Ethan?...
A história é ótima,...