Virgindade Leiloada romance Capítulo 46

A Virgínia havia concordado em me acompanhar ao evento da empresa, que aconteceria na mansão da família no Guarujá durante o fim de semana e nada poderia me fazer mais feliz do que saber que ela estaria ao meu lado durante esses dias, ainda mais depois do que ela havia dito naquela manhã, durante o nosso desjejum, quando perguntei se ela queria almoçar comigo mais tarde.

- Eu prefiro não combinar nada com você hoje, pois o meu dia será bastante cheio. - Ela disse, já me deixando preocupado com possíveis excessos de trabalho.

- Você não pode descuidar de sua alimentação, Virgínia. - Falei, com cuidado.

Ela estava sempre muito sensível e eu não queria despertar a "fera", que eu já conhecia muito bem.

- Não se preocupe, eu irei me alimentar direitinho.

Eu a olhei com curiosidade, pois senti que havia algo estranho no ar e fiquei aguardando que ela me contasse o que tinha de especial naquele dia, que a deixaria tão ocupada, então.

- Eu entendi que preciso usar um arsenal pesado na batalha que serão esses dois dias com a sua ex e o tal Constantino e vou me preparar com todo o cuidado, pois se ela pensa que vai me deixar no chinelo, ah, ela não vai mesmo!

Eu não consegui conter a gargalhada ao ouvir a forma como ela disse aquilo, além de me sentir extremamente feliz em ver que ela estava encarando aquilo com bom humor, no final das contas.

- Você sabe que eu a amo exatamente do jeitinho que você é, não é mesmo? - Fiz questão de deixar claro.

Eu não sabia ainda o que ela pretendia fazer, mas logo conseguir entender que ela se referia a sua própria aparência e a Virgínia era extremamente linda e não precisava se preocupar com a maluca da Bruna, pois para mim ela deixou de existir desde que fez a sua escolha e o escolhido não fui eu.

- Eu sei que sim. - Ela disse. - Mas eu preciso me sentir bem e acho que chegou o momento de estar a altura da minha posição como namorada do CEO da FERZ, você não concorda?

Eu me senti realmente satisfeito ao saber que os meus sentimentos estavam claros o suficiente para a Virgínia e que ela queria fazer algo por desejar agradar a si mesma e a mim também, mas jamais a faria se sentir menos do que ela era e fiz questão de deixar isso também bastante claro.

- Desde o primeiro momento em que a vi, você foi tudo o que desejei, Virgínia. - Segurei em sua mão por sobre a mesa, a necessidade de tocá-la sempre presente em mim. - Mas se te deixa feliz fazer qualquer tipo de mudança, seja ela qual for, eu estou aqui para te apoiar e para amar o que você fizer.

Nesse instante, notei que seus olhos ficaram marejados e a fiz levantar, a trazendo para o meu colo, e a abraçando forte.

- Eu não quero te ver chorando, meu amor. - Eu disse, me sentindo culpado. - Eu só quero te trazer sorrisos.

Ela sorriu, mesmo parecendo prestes a chorar e me beijou com extremo carinho e eu senti o seu amor apenas naquele pequeno toque.

- Você me faz feliz, Murilo. E eu quero te fazer feliz, também.

Sorrimos um para o outro e depois do clima pesado da noite anterior, aquela manhã estava sendo algo reconfortante.

— Eu queria te pedir algo, posso? - Perguntei, ansioso.

— Pedir, você pode sim. Já eu não posso prometer que vou atender ao seu pedido. - Ela brincou.

Retirei um cartão da minha carteira e o entreguei a Virgínia.

— Use-o à vontade. - Eu pedi. - Ele é todo seu.

Virgínia

Eu tinha combinado de me encontrar com a Mariana em um salão de beleza que ela gostava de frequentar, algo que eu dificilmente fazia e por isso pedi uma indicação para a minha amiga.

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