Virgindade Leiloada romance Capítulo 53

Resumo de Capítulo 52 - Confissões: Virgindade Leiloada

Resumo do capítulo Capítulo 52 - Confissões de Virgindade Leiloada

Neste capítulo de destaque do romance Erótico Virgindade Leiloada, Taize Dantas apresenta novos desafios, emoções intensas e avanços na história que prendem o leitor do início ao fim.

Virginia

Quando o homem que estava olhando de maneira insistente para a Mariana se aproximou de nós, eu fiquei feliz por ela despertar o interesse de alguém que estava na festa da empresa do Murilo, pois isso indicava que era alguém do bem e isso era algo bom.

A Mariana nunca me disse realmente o que aconteceu na sua primeira vez, na boate, mas eu sentia que não tinha sido algo bom, como foi comigo e ela tinha ficado mais retraída depois disso.

Então, talvez aquela fosse uma boa oportunidade de conhecer um cara legal, finalmente.

Mas quando ele chegou bem próximo a nós, falando daquela maneira arrogante e cretina, eu deduzi, pela tensão que se desprendeu do Murilo, que aquele homem só poderia ser o rival do meu namorado, Ethan Constantino.

E por isso me prostrei imediatamente ao lado do Murilo, na tentativa clara de impedir que ele viesse a cometer qualquer bobagem, pois aquele Ethan parecia gostar de provocá-lo.

Mas a coisa se mostrou ser ainda mais séria agora, quando ele demonstrou dúvida sobre conhecer a Mariana e eu de algum outro lugar, pois de imediato, a memória dele e do Murilo concorrendo pelo lance mais alto, na noite do leilão, me veio à memória.

Eu me senti gelada, apenas com a possibilidade dele conseguir realmente identificar a mim e a Mariana como as duas garotas que se colocaram a leilão, pois aquilo só poderia nos prejudicar, afinal, ele era inimigo do Murilo.

— Tenho certeza de nunca nos vimos antes. — Foi a Mariana a tomar à frente da situação.

Acredito que o Murilo e eu estávamos horrorizados demais com a possibilidade de Constantino juntar as peças, que nem mesmo conseguimos responder qualquer coisa.

— Eu creio que está errada, mas eu tenho certeza de que em algum momento a memória estará do meu lado. — Ele falou de modo despreocupado, mas aos meus ouvidos aquilo foi como uma ameaça.

A Mariana e ele pareceram se encarar por toda uma eternidade, como se estivessem medindo forças e depois, com apenas um aceno de cabeça, enfim Constantino nos deixou a sós.

— O que vocês acham? — Eu perguntei, me sentindo bastante tensa.

Preferi não dizer claramente o que estava eu pensando, pois haviam outras pessoas ao nosso redor e talvez elas conseguissem ouvir o que falávamos.

— Acho que ele não demora a descobrir de onde nos conhece. — Mariana apontou.

— Então, vocês lembram dele naquela noite? — Murilo perguntou, surpreso. — Estava um pouco escuro, mas se vocês ainda assim conseguiram identificar ele, possivelmente ele também irá lembrar de vocês.

— Eu temo que sim. — Mariana concordou.

— E pensar que as demais cobras ainda nem deram o bote. — Comentei, suspirando. — Espero que elas se contenham até o final dessa festa.

Depois dessa cena, a festa perdeu totalmente o brilho, mas ainda assim, eu fiz questão de continuar no evento, para não gerar uma desconfiança ainda maior no Constantino.

Sair agora seria o mesmo que fugir e aquilo iria dar ainda mais combustível para ele descobrir o que estava julgando como sendo uma informação importante.

Eu perdi até mesmo o apetite e quando a Arlete se juntou a nós, nos dividimos em dois grupos e circulamos pela casa, tentando dar atenção igual a todos os colaboradores.

Em algum momento o Murilo também acabou ficando junto a um grupo de homens, e eu pedi licença, pois precisava ir ao banheiro, e optei por ir ao da suíte do Murilo, ao invés de usar algum dos que ficavam no piso inferior.

Quando já estava voltando de lá, e quando já estava chegando ao final do corredor, já bem próximo a escada que levava ao andar inferior, encontrei a Lavínia, que me olhou de modo bem estranho, e eu já imaginei que aquela seria a segunda batalha da noite.

— Eu preciso conversar com você. — Ela declarou.

Pensei em dizer “ espera sentada, que de pé vai cansar”, mas aquela foi apenas a minha voz interior falando, e ela era rebelde demais para entender que as coisas não se resolviam dessa maneira.

— Pode falar, que eu sou toda ouvidos.

— Eu estava suspeitando disso há dias, mas hoje, antes de virmos, eu fui a uma clínica e fiz um exame de sangue. — Ela contou e percebi que seus olhos se encheram de lágrimas. — Eu contei para o Aquiles antes da festa, mas ele não recebeu essa notícia muito bem.

Ela caiu em um pranto convulsivo e eu tive certeza de que ela não estava fingindo aquilo. Era um pranto sofrido e até os meus próprios olhos ficaram marejados, ao ver como ela estava sofrendo naquele momento.

Antes mesmo de pensar sobre isso, eu já estava a abraçando, tentando consolar o seu pranto copioso.

— O que ele te falou, Lavínia?

— Ele pediu um tempo. Disse que eu só estava com ele para ficar perto do Murilo e que não ficaria comigo até saber de quem é realmente o bebê.

Mesmo antes que ela me contasse, eu já tinha deduzido que ele só poderia ter sido muito grosso com ela, para a ter deixado naquele estado lamentável, mas ele foi muito duro, ainda mais em um momento como aquele, em que ela precisava tanto de apoio.

Aquilo me fez lembrar dos meus pais, e a forma como eles me abandonaram sozinha e grávida. Não me referia a questões financeiras, pois eu tinha condições de me manter.

O que doeu mesmo foi a falta de apoio de quem mais eu amava, e se não fosse o Murilo, eu estaria enfrentando uma situação muito complicada.

— Não deve deixar que as palavras dele te deixem nesse estado, Lavínia. Há outra pessoa para você cuidar agora.

Eu a deixei chorar, e após alguns minutos, ela se afastou um pouco, apenas o suficiente para me encarar, e havia honestidade em seu olhar.

— Quando eu estava naquele corredor com o Murilo, e você apareceu, ele ficou louco. Ele saiu correndo atrás de você, Virgínia. — Ela contou, as lágrimas ainda caindo, mas em menor proporção. — E eu senti inveja de você, por ter um homem que estava claro que era loucamente apaixonado por você. E quando eu o levei a sua loja, acreditando que ele iria te desprezar por você não ter a mesma condição financeira que ele, a única desprezada fui eu.

Eu sabia que pena era um sentimento horrível, mas foi isso que eu senti naquele momento, pois estava bastante claro que a Lavínia era uma mulher verdadeiramente carente.

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