Virgínia
Murilo não estava brincando quando disse que iria agilizar os preparativos para o nosso casamento e, em menos de três meses, nós estávamos prontos para subir ao altar, diante de todos os nossos familiares e amigos, assim como alguns associados das empresas do Grupo Fernandes.
As minhas madrinhas seriam a Mariana, Lavínia e a Ártemis, enquanto que para padrinhos padrinhos do Murilo, ele convidou o Aquiles, o seu mais recente amigo Joshua, que era irmão da Beatriz, sua namorada da faculdade e, pasmem, Ethan Constantino.
Eles tinham conseguido se entender, após muitas discussões e problemas, e enfim estávamos todos em paz.
Eu e a Lavínia também estávamos nos entendendo muito bem agora, e ela me ajudou bastante na organização do casamento também, assim como a Mariana e a Ártemis.
Mesmo que a questão do verdadeiro pai do seu filho pudesse ter sido um empecilho para a nossa boa convivência, nós estávamos conseguindo conciliar isso de uma maneira bastante madura e sem maiores problemas.
Ainda assim, ela tinha insistido em fazer logo o exame de DNA logo que completou dez semanas de gravidez, período em que foi possível realizar o teste de modo não-invasivo, a partir da coleta de exame de sangue dela e sem maiores sofrimentos.
Apesar da demora para receber o resultado, em comparação com os testes de DNA que são feitos após o nascimento do bebê, ele era tão preciso quanto qualquer outro e não seria necessário esperar tanto.
Para alívio de todos os envolvidos, o bebê que a Lavínia estava esperando era realmente do Aquiles e isso trouxe a tão esperada harmonia de uma vez por todas a nossa família.
Apesar de estarmos todos dispostos a tentar conciliar a situação, mesmo que o filho fosse do Murilo, sempre iria existir algum conflito e não seria o ideal, no final das contas, alguém iria acabar sofrendo.
Eu agora estava com trinta semanas de gestação e mesmo querendo esperar o nascimento do bebê, para que nós pudéssemos nos casar, o Murilo fez tanta questão para que isso acontecesse o mais rápido possível, que eu não consegui resistir a sua empolgação e aceitei fazer aquilo acontecer.
Agora eu tinha acabado de chegar em frente à igreja onde iria acontecer a nossa cerimônia de casamento, e a ansiedade estava tão grande, que estava até mesmo me causando reações estranhas.
Eu estava sentindo dores, que acreditei serem muito semelhantes as contrações que eu tinha sido ensinada a reconhecer, durante um curso para pais de primeira viagem que o Murilo fez questão que nós dois fizéssemos.
— Tudo bem com você, filha? — a minha mãe perguntou.
Estávamos dentro do carro com motorista, e os meus pais estavam junto comigo, enquanto todos os demais já estavam dentro da igreja, aguardando apenas o sinal da organizadora de casamentos para que nós entrássemos.
— Eu não sei, mamãe. — confessei.
— Está pensando em desistir do casamento, Virgínia? — foi a vez do meu pai questionar. — Saiba que eu apoiarei qualquer que seja a sua decisão nesse momento.
Eu sorri diante das palavras do meu pai e admirei a forma como ele estava sempre ao meu lado agora, independente se considerava certo ou errada a minha atitude, como naquele momento.
— Não, pai. — neguei rapidamente e com convicção. — Jamais passou por minha cabeça tal coisa.
— Então, por que parece tão nervosa? — insistiu.
Eu estava prestes a dizer que não era nada demais, pois jamais diria que estava sentindo algo similar a contrações, pois todos iriam achar que eu estava surtando, afinal, eu estava apenas com trinta semanas, mas nesse mesmo instante, senti algo molhado descer por minhas pernas e fiquei imediatamente horrorizada.
— Acho que o bebê vai nascer! — gritei, sentindo uma dor horrível me devastar.
Eu não estava enganada e o motorista ligou o carro novamente, parecendo atordoado.
— Devemos ir para o hospital, senhora? — ele perguntou, prestativo.
— Sim, agora. — falei, quando a dor pareceu evaporar. — Avise a todos papai. Mamãe, a senhora vai comigo.
O motorista esperou apenas o tempo do meu pai descer do carro e partiu para o hospital que eu consegui indicar, e agradeci aos céus por ser um sábado à tarde e o trânsito não está tão pesado em São Paulo.
Apesar disso, o motorista dirigiu de modo bastante consciente, sem afobação e em menos de vinte minutos, já estávamos parando em frente ao hospital que eu indiquei e onde estava programado o nascimento do meu filho, daqui há dois meses ainda.
— Como assim, o nosso filho já vai nascer, amor? — Murilo perguntou, abrindo a porta do carro e me colocando em seu colo.
Incrivelmente, o Murilo conseguiu chegar ao hospital antes de mim e caminhou apressadamente até o ponto onde tinha uma cadeira de rodas, justamente para esse tipo de situação.
— Não sei. — eu realmente não sabia.
Depois disso, tudo aconteceu tão rápido que eu nem saberia como contar a alguém, caso fosse necessário.
A nossa filha nasceu realmente naquela tarde, prematura e precisou ficar primeiramente na unidade de neonatal, depois foi para a Unidade de Terapia Intensiva por quase um mês inteiro, pois seu tamanho e peso já eram bons quando ela nasceu e seu sistema respiratório se desenvolveu rapidamente após o nascimento e os cuidados recebidos.
O Murilo e eu praticamente acampamos no hospital, pois não queríamos ficar longe da nossa filhinha e quando ela foi liberada para ir para casa, com todo o suporte e cuidados necessários, foi o segundo dia mais feliz das nossas vidas.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Virgindade Leiloada
Linda história, e principalmente com final feliz para todos.❤️...
Linda história, apesar de achar que deveria ter tido mais um pouco de capítulos. Parabéns...
Que ridícula, não entendi a surpresa de descobrir e de sentir mau por ele ser rico ,se ele pagou 500 mil pra tirar a virgindade dela. Qual pobre tem esse dinheiro sobrando? Ela é burra ou idiota pra pensar isso? Está querendo chamar atenção agora....
Quando vai lança a história do Ethan e Mariana,já estou ansiosa para lê essa história deles....
Bom livro.ja tem história da Mariana e Ethan?...
A história é ótima,...