Viver Para Crescer romance Capítulo 14

Rafael

Há qualquer coisa, qualquer coisa nela que me prende, me faz querer saber dela, mas ao mesmo tempo pede que me afaste.

Ela mostra uma face de durona e que não se importa, mas no fundo dos seus olhos eu vejo uma menina frágil, que tem medo de ser machucada novamente.

O que eu sempre tive foi um bom olho clínico, mas com ela, não consigo decifrar como é, o que pensa ou o que sente.

Aquele beijo despertou qualquer coisa em mim, mas não me deixo afectar por essas coisas. Uma coisa que aprendi foi a não amar ou me deixar ser amado.

Quando a vi entrar no meu escritório, quase perdi a razão. Quase!

Meu olhar chamava por ela, queria olhar para ela o tempo todo, mas desviei a atenção para um bom sexo.

Meu amigo Felipe Assunção sabe bem como sou, já tinha uma sala Vip preparada pra mim caso precisasse e não demorou muito para que precisasse.

Me pergunto se fui grosso com Beatriz na frente delas. Mas ela sabe que entre a gente é só fachada, não sei, qualquer coisa no olhar dela me incomodou, mas não me deixei afectar e continuei comendo elas! Sim, me chamem de insensível. É o que sou mesmo!

Depois da festa não a vi mais, devo admitir que não me preocupei nem um pouco! Mas fez 24h e ela não voltou. Comecei a procurar por ela mas não a apanhava, vi os movimentos do cartão e sei que levantou dinheiro, porém para onde foi?

Hoje faz o terceiro dia desde a gala.

Estou neste momento parado em frente a porta do quarto 512. A encontrei em um hotel perto do salão da gala.

Abro a porta, que precisei pagar por outra chave e entro. Fecho com cuidado para que ela não oiça e entro.

Procuro ela pelo quarto e a apanho encolhida na cama, a expressão no seu rosto me diz que está tendo um pesadelo. Me aproximo e vejo que fala baixinho, pedindo que lhe deixem. Os gritos de desespero se tornam mais alto e me apresso para ajudar ela.

- Ahh estão me machucando! Por favor parem! - ela pede como se chorasse, mas por incrível que pareça ela não chora.

Afago seus cabelos e a acordo devagar. Ela abre os olhos e me abraça. Involuntariamente coloco meus braços em volta dela e sussurro palavras que lhe acalmem.

Me surpreendo ao ver que realmente queria acalmar ela. Como disse, ela quase me faz perder a razão. Qualquer coisa nela, que, eu não sei.

/

Beatriz

Desperto ao ouvir palavras confortantes, vejo que é Rafael, o abraço com todas as forças e por incrível que pareça ele devolve o abraço e me acalma.

Me sinto bem, segura, em casa, nos seus braços. Como se mais nada existisse e fosse somente eu e ele ali. Como se ele não fosse um cretino e eu não tivesse um passado de merda.

Me lembro o porquê de eu estar aqui e me afasto dele. Uma tentativa falhada pois ele me puxa de volta pra ele e não fala nada.

Fito seus olhos e a única coisa que sinto são seus lábios nos meus.

Ele me toma em um beijo desesperado, não entendo nada e correspondo. Ele passeia a mão pelo meu corpo e aperta minha bunda. Sinto meu corpo mudar, esquentar, de um minuto para o outro e não entendo.

Em questão de segundos ele tira a roupa sem quebrar o beijo. Eu estava apenas de calcinha e sutiã desde o início. Ele abre meu sutiã e o jogo pra longe, de seguida abocanha um dos meus seios e o lambe como se fosse um gato. Repete o processo com o outro, sem ser bruto ou apressado. Mas também não era lento.

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