Rafael
Há qualquer coisa, qualquer coisa nela que me prende, me faz querer saber dela, mas ao mesmo tempo pede que me afaste.
Ela mostra uma face de durona e que não se importa, mas no fundo dos seus olhos eu vejo uma menina frágil, que tem medo de ser machucada novamente.
O que eu sempre tive foi um bom olho clínico, mas com ela, não consigo decifrar como é, o que pensa ou o que sente.
Aquele beijo despertou qualquer coisa em mim, mas não me deixo afectar por essas coisas. Uma coisa que aprendi foi a não amar ou me deixar ser amado.
Quando a vi entrar no meu escritório, quase perdi a razão. Quase!
Meu olhar chamava por ela, queria olhar para ela o tempo todo, mas desviei a atenção para um bom sexo.
Meu amigo Felipe Assunção sabe bem como sou, já tinha uma sala Vip preparada pra mim caso precisasse e não demorou muito para que precisasse.
Me pergunto se fui grosso com Beatriz na frente delas. Mas ela sabe que entre a gente é só fachada, não sei, qualquer coisa no olhar dela me incomodou, mas não me deixei afectar e continuei comendo elas! Sim, me chamem de insensível. É o que sou mesmo!
Depois da festa não a vi mais, devo admitir que não me preocupei nem um pouco! Mas fez 24h e ela não voltou. Comecei a procurar por ela mas não a apanhava, vi os movimentos do cartão e sei que levantou dinheiro, porém para onde foi?
Hoje faz o terceiro dia desde a gala.
Estou neste momento parado em frente a porta do quarto 512. A encontrei em um hotel perto do salão da gala.
Abro a porta, que precisei pagar por outra chave e entro. Fecho com cuidado para que ela não oiça e entro.
Procuro ela pelo quarto e a apanho encolhida na cama, a expressão no seu rosto me diz que está tendo um pesadelo. Me aproximo e vejo que fala baixinho, pedindo que lhe deixem. Os gritos de desespero se tornam mais alto e me apresso para ajudar ela.
- Ahh estão me machucando! Por favor parem! - ela pede como se chorasse, mas por incrível que pareça ela não chora.
Afago seus cabelos e a acordo devagar. Ela abre os olhos e me abraça. Involuntariamente coloco meus braços em volta dela e sussurro palavras que lhe acalmem.
Me surpreendo ao ver que realmente queria acalmar ela. Como disse, ela quase me faz perder a razão. Qualquer coisa nela, que, eu não sei.
/
Beatriz
Desperto ao ouvir palavras confortantes, vejo que é Rafael, o abraço com todas as forças e por incrível que pareça ele devolve o abraço e me acalma.
Me sinto bem, segura, em casa, nos seus braços. Como se mais nada existisse e fosse somente eu e ele ali. Como se ele não fosse um cretino e eu não tivesse um passado de merda.
Me lembro o porquê de eu estar aqui e me afasto dele. Uma tentativa falhada pois ele me puxa de volta pra ele e não fala nada.
Fito seus olhos e a única coisa que sinto são seus lábios nos meus.
Ele me toma em um beijo desesperado, não entendo nada e correspondo. Ele passeia a mão pelo meu corpo e aperta minha bunda. Sinto meu corpo mudar, esquentar, de um minuto para o outro e não entendo.
Em questão de segundos ele tira a roupa sem quebrar o beijo. Eu estava apenas de calcinha e sutiã desde o início. Ele abre meu sutiã e o jogo pra longe, de seguida abocanha um dos meus seios e o lambe como se fosse um gato. Repete o processo com o outro, sem ser bruto ou apressado. Mas também não era lento.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Viver Para Crescer
Amei a história. Ansiosa pela continuação...
Qual nome do livro 2?...